será que dá pra fazer tudo sem pirar?

é, a minha meta pra abril vai ser um pouco diferente (e talvez menos palpável do que as de março e fevereiro. explico: teve um dia (que eu vou falar mais sobre em outro post) que eu percebi o nível de estresse que tava colocando em mim mesma e no meu corpinho. daí acendeu uma alarme, né? tipo ‘opa, onde cê vai com isso, querida?‘. luzes vermelhas. sirenes e um show pirotécnico me dizendo que alguma coisa não tava muito bem.

e eu já comentei isso algumas vezes por aqui, mas a minha rotina é bem doidinha e ela mudou por completo mais uma vez e agora eu vou ter que me adaptar de novo. mais 21 dias acostumando com uma coisa diferente e fazendo coisas diferentes e mais dois projetos pro blog (um pro Instagram, o #30diasdebujo, e o próprio BEDA) e mais livro do infinistante pra ler e pessoas pra ver e pra amar e ai meu Deus será que eu dou conta de tudo isso?

eu precisei parar e respirar muito fundo, por uns dias, me acostumando com a ideia de que eu teria, sim, muita coisa pra fazer, mas que tá tudo bem e que eu tenho direito de fazer tudo isso de um lugar gostosinho. bem assim mesmo. direito. é meu direito não perder a paz e o carinho, mesmo quando as coisas parecem meio doidas.

então, sim, eu estabeleci essa como essa minha meta: tentar não perder as estribeiras, ficar maluca, arrancar os cabelos, esquecer de quem eu sou com tanta coisa pra fazer, tantas mudanças, tanta coisa diferente rolando. me dá um medinho, sabia? do tipo ‘será que eu encaro isso mesmo? será que eu consigo?’. mas é o que eu sempre digo: se eu sei que posso, por que não fazer de um jeito diferente?

é muito comum a gente entrar numa pira achando que as situações são tensas e nervosas e a gente tem que sentir dor no trapézio de tanta tensão e ficar com o cenho franzido e dor de cabeça quando o dia parece ser difícil e complicado, cheio de decisões pra tomar, coisas pra fazer e tarefas pra riscar da sua lista de afazeres. mas não é bem assim, né?

se a gente parar pra reparar, vai perceber que a gente só sente essa tensão toda porque a gente mesma coloca essa tensão nas coisas. a gente contrai o trapézio, o cenho, eu me dou uma dor de cabeça, porque contraio o corpo inteiro achando que estou lidando com coisas urgentes e grandes problemas e outras coisas que são absurdamente difíceis e tudo é uma situação de vida ou morte.

mas não precisa ser assim. não é assim. mesmo as urgências podem ser tratadas com carinho e olhadas com calma, pra eu saber o que é preciso ser feito. tem muita coisa pra fazer? tem, sim – e meu bujo tá com uma lista de tarefas gigantesca, mas eu posso fazer tudo isso com calma e carinho no coração. não é tão difícil quanto eu acho que é.

respira, tira a tensão dos ombros, do rosto. relaxa. alonga o corpo um pouquinho, presta atenção na força que você tá colocando no teclado. não tá fluindo? para, começa de novo. tá permitido você fazer uma pausa, toma um café, um chá. abraça alguém que você ama. não precisa ficar com medo. descansou? agora sim, vamos começar de novo e ver onde tudo desemboca.

então, sim. essa é a minha meta de abril. eu vou tentar ao máximo não me deixar levar pelo estresse, pelo nervoso. não vou pedir do meu corpo mais do que ele pode entregar. vou cuidar com carinho, de mim e do que eu faço. eu vou entregar tudo o que tenho, sem dúvidas, mas não preciso fazer isso às custas de mim mesma.

a gente podia fazer isso juntos, né? você se cuida daí, eu me cuido daqui e a gente vai de mãos dadas nesse caminho, não se entregando pra essa sensação de sufocamento que a gente sente toda vez que acha que tá correndo contra o tempo, crente que o mundo não tá a nosso favor. tá tudo bem com a gente. ♥

fotinha feita no meio do caminho, pra lembrar que tudo bem a gente parar pra respirar de vez em quando

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