cotidiano

sei lá quantas vezes eu já escrevi por aqui sobre recomeçar a fazer coisas e sobre cair do cavalo e começar de novo. pois é, lá vamos nós de novo. os últimos dois meses foram bem fora do comum e eu acho que nunca trabalhei tanto em toda a minha vida (um beijo, HackTown, foi incrível!).

ao mesmo tempo, foi um momento em que eu fiquei bem doidinha e deixei de fazer um monte de coisas que me dão aquela calminha no coração pra acordar e ir dormir digitando e pensando em todas as coisas que eu ainda precisava digitar .

não é o ideal, mas acontece.

de qualquer maneira, peguei outubro pra recomeçar. ter alguns hábitos que me tiram dessa coisa frenética de trabalhar demais sempre foi importante pra mim, e eu tava mesmo sentindo falta de fazer algumas coisas. principalmente, de escrever à mão todas as manhãs e de ler mais.

eu tava super empolgada na leitura do livro da Michelle Obama, mas a necessidade de dar um gás no trabalho meio que tirou isso da minha mente, e eu só conseguia pensar na lista de coisas pra fazer e dormir sempre que podia. passada essa fase, agora tô vendo como esses hábitos são importantes pra mim.

tô começando pequeno, sabe?

tem duas coisas que eu tô conseguindo fazer direitinho esses dias, e tomei pra mim que esse vai ser meu parâmetro: dois hábitos por vez.

o primeiro, você já sabe: escrever um pouco à mão todos os dias. é parte do #textober, mas tô fazendo bem direitinho e a primeira semana foi um sucesso! uma página de um caderninho A5 que eu (talvez errôneamente) considero as minhas 200 palavras do dia.

o segundo é ler. tinha combinado com uma amiga que a gente ia tentar ler dois livros por mês, um técnico e um levinho, pra retomar o hábito mesmo. como uma leitura nova tava meio complicado de engatar, voltei pra dois livros favoritos pra ver se eu retomo o ritmo: Me Poupe!, da Nathalia Arcuri, e Anna e o Beijo Francês, da Stephanie Perkins.

(confesso que esses dois meses também foram confusos financeiramente e eu larguei a planilha e agora tô perdida. seguimos.)

preciso dizer também que andei me sentindo meio maluca de ver mil pessoas postando o tanto de coisas que fazem durante um dia no Instagram, e percebi que a melhor coisa é começar do jeito que eu consigo: um pouquinho por vez.

essa semana, quero tentar mais uma coisa: fazer dois dias de esteira, além dos treinos. fui no médico há umas semanas e ele falou da importância de ajudar o corpo a produzir energia o suficiente para cumprir as tarefas do dia – e que o exercício aeróbico ajuda muito nisso.

acho que esse post é bem um daqueles updates, em que eu sento pra conversar com você sobre o que tá rolando do lado de cá. mas acho também que queria compartilhar algumas coisinhas que têm me ajudado nessa (e que talvez possa ajudar você também):

  • fazer revisões diárias: quem usa o bullet journal sabe como isso é importante, mas essa semana eu lembrei o quanto as revisões diárias são importantes. principalmente porque revejo o meu habit tracker e preencho o que foi feito (ou deixo em branco o que não foi).
  • retomar o #bujo: falando nele, eu comentei no Instagram também que tô tentando refazer o meu #bujo direitinho, e isso foi um dos passos principais pra voltar pros eixos.
  • estabelecer compromissos comigo mesma: e cumprir. mesmo. de verdade verdadeira. sem desculpas.

aliás, esse último acho que foi o ponto mais importante de todos. eu tive uma conversa com a Maíra há um tempão sobre como a gente precisa estabelecer compromissos inadiáveis com a gente mesma e cumpri-los independentemente de qualquer coisa.

quer um exemplo? teve um dia que eu escrevi as minhas 200 palavras quase meia-noite. já ontem, eu li logo 21 páginas do livro da Nath porque coloquei uma meta de ler 11 páginas por dia, mas não sei se conseguiria hoje. e assim vai.

enquanto escrevia esse post, também me liguei que a coisa mais importante de todas é cuidar do que eu tô sentindo. porque se eu não consigo escrever ou ler ou o que quer que seja, isso não pode mudar o meu estado emocional ou as coisas que eu penso de mim. eu não deixo de ser legal porque não parei 20 minutos pra jogar umas palavras à mão no papel.

a gente tem que ser mais gentil com a gente mesma, sabe? e ao mesmo tempo que eu percebo que ter esses pequenos hábitos no meu dia são pequenos momentos de gentileza comigo mesma, eu não posso deixar de sê-lo só porque não pintei uma bolinha rosa no meu tracker da semana. você não concorda?

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Escrito pelaMaki
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2 Comentários
  1. Renata Ribeiro  em outubro 08, 2019

    Concordo totalmente. Estou num momento bem parecido com o seu, tentando criar ou manter hábitos e ser mais consistente neles, mas – como você bem pontuou no fim do texto – isso não pode virar uma escravidão. Ou seja, checar nossos hábitos deve ser uma ferramenta de auxílio flexível, com uma pequena margem de erro – como aquela das pesquisas que ouvimos na TV (dois pontos percentuais para mais ou para menos rsrs). Nem muito, nem tão pouco. E assim vamos seguindo 🙂 eu, particularmente, não gosto de colocar metas de páginas para leitura, porque para mim não flui, tira a magia daquele momento ou até a minha concentração no texto. O quanto eu ler será o quanto aquele texto me prendeu, e está tudo bem – desde que não sejam só duas páginas por causa das notificações de celular que deveriam ter sido desativadas hahaha… Ótimo texto, como sempre! =*

    • Maki  em outubro 14, 2019

      ahahaha eu amo essa fala das pesquisas de TV, sabia? sempre dou risada com esse “para mais ou para menos”. soa tão subjetivo, né?
      mas é bem isso que você falou. checar os hábitos tem que ser visto como uma ferramenta e não uma regra inquebrantável. a gente já cria muitas desses pra nós mesmas, né? não precisa de mais hehehe