Tem horas que eu vejo que a vida que a gente leva é tão cheia de regras que eu não me surpreendo da gente surtar vez ou outra. Não pode isso, não pode aquilo, para com isso, esquece aquilo… Quem não ficaria no mínimo muito frustrado em viver a vida assim, cheia de limitações?
Também paro para pensar que, numa cultura que vive podando a gente, ser espontâneo parece infantil. Vira coisa ‘de criança’, de uma pessoa que ‘não amadureceu’. Mas o que é amadurecer? É aceitar de bom grado todas as 3457812365 regras que o mundo inventou? É tentar ao máximo agradar os outros e fazer de tudo pra que as pessoas gostem de mim?
Em um mundo de adultos, prefiro continuar criança, se isso significa que eu posso agir de forma espontânea, sem sentir culpa porque quis dançar no meio da rua ou falar ‘eu te amo’ pra uma amiga na frente das outras pessoas. E digo mais: em um mundo cheio de ‘não podes’, a gente deveria mudar o foco, e pensar em coisas que deveríamos fazer mais:
- Andar de mãos dadas (com qualquer pessoa que a gente gosta, independente de rótulos)
- Falar ‘eu te amo’ (qual o problema de declarar o nosso amor pelos outros?)
- Sorrir mais (quem disse que adultos tem que ser sérios o tempo todo?)
- Dizer ‘obrigada’ (e não só quando alguém faz alguma coisa por você)
- Parar de reclamar do trânsito (de que adianta?)
- Para de reclamar e ponto (de novo, de que adianta?)
- Distribuir abraços apertados (tipo aqueles de urso)
- Fazer cafuné na cabeça de alguém (até a pessoa ficar bêbada de sono ou dormir de vez!)
- Tomar picolé de limão quando tá muito quente
- Maratonear filmes até de madrugada com os amigos (e falar besteiras por causa do sono)
- Dormir com o(s) amor(es) da sua vida
- Tomar um banho de chuva (melhor coisa do mundo)
- Amar independente das ocorrências (você ama a pessoa ou o que ela faz?)
- Rir até chorar
- Para de chorar porque alguém te fez rir
- Cantar alto aquela música que você adora (mesmo desafinando)
- Parar de pedir por opiniões (elas não servem de nada garanto)
- Acreditar na nossa própria capacidade (repete comigo: eu sou capaz)
- Seguir o seu coração (mesmo que isso pareça um verso de música da Disney)
- Fazer as pazes com a Vida (ela é linda, tá? Não duvida não)
Tenho certeza que lendo essa lista você pensou em mil motivos diferentes pra não fazer essa ou aquela coisinha. E sabe o que você pode fazer de mais útil diante disso? Soltar um bom e velho ‘FODA-SE!’.
E daí que você aprendeu que ‘eu te amo’ só pode ser falado pra namorado ou pra mãe e pai? E daí que as pessoas podem pensar que você é homossexual só porque tá de mãos dadas com aquela sua amiga? Aliás, e daí que você é homossexual? E daí que alguém disse em algum momento que você não pode ficar de boas porque tá trânsito ou porque a atendente do telemarketing da NET desligou na sua cara pela quinta vez? (é difícil, eu sei)
Não é muito mais legal a gente entregar todo o carinho e amor que tem ao invés de ficar disseminando um ódio sem sentido? (e, sim, reclamar o tempo todo é espalhar o ódio também) Eu prefiro acreditar que sim.
O que você gostaria de fazer mais?
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10 Comentários
que post mais fofo, merece um abraço de urso =d
esses dias passeando na paulista estranhos passeavam com placas abraços grátis…não titubeei e ganhei dois!
me foram mais sinceros e amorosos do que com muita gente que conheço, viu?
Oi, Paty!
Sei bem como é isso, vou? É sempre bom a gente demonstrar carinho… Independente de com quem seja!
não sei quem foi que decidiu que ser adulto precisa ser chato – mas com certeza foi alguém que não entende nada nada de ser adulto. E nem é tão grave assim sujar a roupa do trabalho com sorvete, que inclusive sai muito mais fácil que café, hehe.
Mas não é? Também não é tão grave lambuzar o teclado de chocolate enquanto você devora o resto do ovo de páscoa (nhami!)
engraçado que eu quase não falava eu te amo, foi só eu sair de casa que tenho a necessidade de ligar pra minha mãe só pra dizer que a amo, mando mensagem pros meus amigos e irmãos que estão longe dizendo o quanto os amo. pena que foi depois que já não estou mais lá que me dei conta do quanto são importantes!
http://entrevereviver.blogspot.com.br/
Mas, Carol, não tem prolema se você percebeu isso só agora. Não se culpa pelo o que passou e aproveita o agora pra fazer exatamente isso! Não tem problema nenhum começar agora!
As pessoas estão existindo apenas e isso é triste! Eu ainda enxergo o melhor da vida nas pequenas atitudes, o amor naquele recadinho rápido que um amigo escreveu, naquela janta que ALGUÉMa cozinhou pra gente.
Acho que a gente tem que assistir o nosso filme preferido e decorar as falas dos personagens mesmo que as pessoas achem que é “zuado”. Se ser feliz é ser zuada, então eu tô buscando ser isso aí!
Mais uma vez! Obrigada pelo texto!
*-*
Ahahahaha ser feliz é ser zoada é ótimo! Mas acho que prefiro: ser feliz é ser espontânea. E foda-se o que os outros pensam MESMO. Isso não muda quem você é! ♥
Mas eu falo porque quando você é espontâneo as pessoas te rotulam assim. EU não ligo, eu vim aqui pra ser feliz! Chamem como quiserem! 😀
Sim, sim! Eu entendi ♥