não satisfeitas com todos os projetos, eu, Mel e Lominha decidimos criar mais um, o infinistante, o clube do livro mais cheio de amor da internet (clica aqui se você não sabe do que eu tô falando)! pois bem, o primeiro livro desse grupo maravilhoso foi dele, meu maior muso inspirador, Austin Kleon.
Mostre Seu Trabalho foi lançado em português tem pouco tempo no Brasil, e eu comprei o meu lá em dezembro, comecei a ler durante uma viagem de Natal, mas não terminei (vai saber o porquê, né). daí, quando as meninas toparam que essa fosse a nossa sugestão do mês, eu quase pulei de alegria, porque seria a oportunidade perfeita para reler o que eu já tinha lido e grifar as partes mais importantes (porque, vamos combinar, é só assim que a coisa funciona).
lá fui eu de novo e MEU DEUS, COMO EU AMO O AUSTIN. deve ser uma das pessoas que eu mais admiro no momento e eu sempre recorro aos livros dele quando tenho minhas ‘crises criativas‘ (se é que isso existe de verdade). tudo isso pra dizer que mal terminei a leitura e já pensei em um milhão de formas de – você adivinhou – mostrar o meu trabalho.
vou deixar a parte teórica e as dicas de lado – esse é um trabalho que o Austin faz muito bem por si só e você pode ler o livro dele pra saber mais sobre isso. eu vou falar sobre o que mais me marcou nessa leitura: confiança.
a gente tem uma cabeça muito louca, sabia? tipo, a gente acredita tanto na opinião dos outros, que esquece mesmo da nossa importância. isso some da nossa mente em um nível que é difícil a gente acreditar de novo que importa. daí chega o Austin e fala ‘pelo amor de Deus, meu amigo, confia que você tem algo legal pra colocar no mundo‘ e é tipo um tapa na cara. você fica olhando pras páginas muito bem diagramadas com uma cara meio abobalhada, pensando ‘mas isso é TÃO ÓBVIO, porque não pensei nisso antes?‘. pois é, eu, você e toda a torcida do Corinthians.
mas voltando pra questão da confiança. não é que o Austin fale diretamente disso, mas fica implícito, sabe? porque, tipo, quando você confia no trabalho que faz, quando faz com carinho e fica prestando atenção na forma que você faz e no que as pessoas estão falando a respeito, é impossível a coisa não ficar legal (nem vou falar de ganhar dinheiro porque isso é só um resultado de um trabalho bem feito).
se você busca as suas referências, conversa com as pessoas, compartilha o que você sabe e aplica o que você aprende, é impossível isso não dar frutos. tipo, essa coisa de guardar tudo pra você e tentar encontrar sozinha a solução pras coisas não é confiança, é bobagem. você não vai conseguir. o movimento tem que ser outro. você tem que confiar que o que você faz é bom e que as pessoas vão te encontrar se elas quiserem o que você tem pra oferecer.
mas aí entra a segunda parte: quem pode me panfletar mais do que eu mesma? apesar da Lominha ser uma das maiores panfletadoras do desancorando (te amo tanto, Lominha ♥), tem um limite do que ela pode fazer por mim. eu preciso dar aquele passo extra, sabe, e valorizar o que eu faço. é falar de mim de um jeito que as pessoas entendam o que eu tô oferecendo – e já percebeu que a gente dificilmente faz isso?
lendo Mostre Seu Trabalho, eu lembrei do livro da Shonda Rhimes, quando ela fala sobre todo aquele problema que a gente tem em receber elogios. parece que isso é humildade, mas é muito arrogante a gente ficar se colocando pra baixo, achando que é menos importante do que a realidade. é arrogância nível hard, e a gente se sente muito mal de ficar falando tanta besteira sobre a gente. isso desmotiva, porque a gente percebe a falta do propósito.
falando nisso, essa confiança só surge também se a gente sabe porque tá fazendo o que tá fazendo. o Austin fala isso no livro, como é importante você entender o que o seu trabalho vai gerar pros outros. mesmo que você só faça alguns desenhos pra tirar a cabeça do trabalho, e compartilhe numa página no Instagram, você precisa pensar no efeito que isso tem pras pessoas (vai que alguém se identifica com o que você tá desenhando?).
e ouvir, sabe? não ter medo de ouvir o outro lado, sem achar que o outro lado vai roubar o seu emprego, o seu dinheiro, a sua casa, o seu computador e até aquela camiseta velha que você ama e usa pra dormir. não é assim que as coisas acontecem, porque se a gente não tem confiança no que faz, tanto faz se a outra pessoa se apropria das nossas ideias, a gente vai se boicotar de qualquer jeito.
pra variar, pode ser que eu esteja filosofando demais em cima de algo tão simples, que pode ser resumido em: confie que você tem algo para dividir com as pessoas e faça isso, pelo amor. e eu digo isso pra você tanto quanto pra mim mesma, porque tem horas que eu tô ‘OI, VOCÊ CONHECE MEU BLOG?’ e outras que eu não falo sobre o assunto numa roda cheia de pessoas que trabalham com isso. pois é.
então, sei lá. vamos confiar mais que as ferramentas que a gente precisar pra fazer esse nosso trabalho vão estar disponíveis quando elas forem necessárias (incluindo dinheiro), e tá permitido a gente fazer as coisas com amor e carinho e sair panfletando por aí. inclusive o trabalho incrível das outras pessoas que te inspiram (cê já conhecer o Sernaiotto? e o blog da Mel? e o do Austin?).
recomendo o(s) livro(s) desse autor sempre que me perguntarem, e esse é bem um tapão na nossa cara pra parar de mimimi e começar a valorizar onde a gente coloca a nossa energia. se você quiser, pode comprar o seu clicando aqui (é o meu link amorzinho da Amazon!). ah, e se você quiser fazer parte do infinistante, pode clicar aqui pra fazer a sua inscrição!
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21 Comentários
Oi Maki! Eu amei sua resenha! Quase não apareço pra comentar pq sou bem timida, mas to lendo as postagens sempre e participando do Infinistante! Você expressou um outro lado do livro, o que eu achei bem legal e adorei descobrir sobre 🙂 Parabéns por tudo, seu blog me inspira bastante! O livro do Austin foi maravilhoso pra começar o ano e não teria conhecido se não fosse pelo Infinistante <3
ahhh, Emily! que legal que você gostou, eu fico feliz de coração. é muito bom ter você com a gente no infinistante (e aqui no blog também ♥) eu espero que você também curta os livros de março! ♥
Me identifiquei muito quando você diz que as vezes tá super falando sobre o blog e as vezes fica muda. Tem vez que me perguntam o que faço da vida e pronto, some a voz, não vem nada na cabeça… E tem vezes que eu mesma puxo o assunto e faço aquela propaganda! O livro do Austin nesse ponto foi ótimo pra estimular ainda mais essa atitude de “olha o que eu faço”; e o seu texto me lembrou uma coisa que a Amanda Palmer fala no livro dela (A arte de Pedir): quando um artista mostra o que fez, não é com arrogância se exibindo pro mundo, é como se pegasse um pedacinho do coração e perguntasse o que a pessoa acha. E isso é sim muuito difícil! Mas é só assim que a gente alcança o outro e deixa o outro alcançar a gente. E quando isso acontece é lindo!
nossa, você falou tudo, Sabrina! eu já li o livro da Amanda e achei ótimo, mas não lembrava dessa parte! mas é exatamente isso: você mostra o seu coração e espera que isso toque o coração do outro também.
Esse livro foi tão incrível! Eu ja tinha lido o Roube Como Um Artista, que eu ja tinha amado horrores, e mais o Mostre Seu Trabalho foi maravilhoso. Principalmente porque eu precisava ler umas verdades sobre o quanto é importante compartilhar e não guardar o que você sabe. Foi uma escolha incrível de vocês.
menina, sim! acho que todo mundo precisava desse tapa na cara, né? ahahahaha eu, quando li, também fiquei chocada com o que ele fale e como é verdade. é muito importante a gente colocar as coisas no mundo e confiar que são boas, sabe? poxa, a gente faz com tanto carinho… porque não seria?
Maki muito interessantes suas considerações sobre o livro. Estou participando do clube e fiquei super empolgada com ele. Muito legal descobrir opiniões a respeito do mesmo livro.
que bom que você gostou, Paloma ♥
Maki, acabei de vir ler sua resenha, também faço parte do Infinistante e por alguma razão o meu link não entrou :(, mas adorei sua resenha, principalmente sobre a questão do parar de idealizar, partir para o fazer – foi o maior sacode que o livro me deu, pensei MUITO sobre isso.
E confesso que eu jamais leria pela capa, pelo título, e estava completamente errada!
OBS – adoro esse seu blogue 🙂
aqui ficou a minha, que deve ter dado erro:
https://melhorqueperfeito.com.br/2018/02/26/livro-mostre-seu-trabalho/
Beijos
oi, Thais! pois é, a Lominha me disse que deu erro mesmo e ela não conseguiu colocar na news :/ de qualquer maneira, que legal que você conseguiu ler e que gostou do que o Austin escreveu, ele é incrível, né? ♥
[…] (https://melinasouza.com/2018/01/10/infinistante-o-clube-do-livro-pra-todo-mundo-ler/), da Maki (http://desancorando.com.br/2018/02/19/quem-pode-me-panfletar-mais-do-que-eu-mesma/) e da Lominha […]
Olá! Que bacana ler o que você escreveu sobre o livro! E de uma forma tão sincera…Confesso que fiquei curiosa para saber qual seria o tema do primeiro livro e animada pelo pouco tempo que levou para recebê-lo pelo site que você indicou. Amo a sensação de receber um livro novinho, a expectativa da entrega e de fato ter em mãos…e mais cedo do que o prazo.
Pelo título, logo imaginei que seria um desafio fazer a leitura. O próprio Austin comenta que o meu tipo de trabalho não tem como requisito obrigatório a divulgação.
É claro que no mundo tecnológico em que vivemos, colho frutos por me dedicar, e recebo fotos e comentários fofos nas redes sociais. O ponto é que meu trabalho e meu salário não são afetados se eu divulgar ou não e sinceramente sempre fui reservada, e penso mil vezes antes de divulgar alguma foto do meu trabalho…outras profissionais que convivo fazem questão de tornar público, com força total e tocam buzina se duvidar, para massagear o ego (é bom ter retorno!)…não vejo nada de errado em fazer isso, só não é o meu perfil, pelo tipo de trabalho que tenho, entende?
Mesmo assim, por estar no clube de leitura, me dediquei a ler o livro, esperando de fato poder aprender/refletir sobre ele. Sou alguém muito disposta a aprender, e se tem uma coisa que faço é refletir e querer me tornar alguém melhor. Valorizo muito a troca, desde que seja significativa e não para derrubar a minha confiança.
Eu também me identifiquei com a importância de “faça encontros no mundo real”, “Reconheça seus parceiros” e sobretudo ” Quando se livra do material antigo, você anda pra frente e encontra algo melhor”.
Por estar há alguns anos no meu trabalho, tenho um bom material e sei que caminhos devo percorrer, então é fácil reproduzir sempre o mesmo e poupar tempo. Sempre reclamei por ter mania de “inventar moda” e de não conseguir simplesmente “copiar e colar” o que já me dediquei para construir antes. Mas simplesmente não consigo. Não gosto da sensação de “todo dia ela faz sempre tudo igual…” E meu trabalho também exige a tentativa de novas estratégias, sempre que necessário.
Enfim, foi importante fazer a leitura! Buscar o que poderia aplicar na minha área. Se eu não tivesse no clube provavelmente não teria lido ainda, e me incluir no grupo de leitura me deixou interessada em realmente ler, é como se eu tivesse assinado um acordo..kkk. Li até outros livros, um grande avanço,rs. Obrigada por compartilhar suas impressões, foi muto bom ler!!! 🙂
Silmara, brigada você por ter participado com a gente. é uma leitura enriquecedora mesmo, né? e é muito divertido você perceber que mesmo dicas de um trabalho ‘criativo’ (entre aspas porque eu acho que todo trabalho é criativo) como o do Austin também podem ser aplicadas nas profissionais tradicionais – e sempre existe um jeito da gente colocar um pouco mais de carinho no que faz, né? fico feliz que você tenha curtido participar do clube com a gente ♥
Estou doida para ler esse livro. Tudo que você escreveu é tão motivador Maki.
leia leia leia! você vai amar ♥
Que indicação maravilhosa gente. Sinto que estou precisando ler esse livro Maki. Mas nunca li nada do Austin Kleon, você recomenda algum outro livro dele para começar?
Cá! qualquer livro dele é inspirador assim! mas, se você quiser ir pela ordem cronológica, lê Roube como Um Artista antes. é incrível e um dos meus livros preferidos!
nossa, eu tenho muita MUITA dificuldade de achar bom o que eu faço. como no caso do blog, tem pouquíssimas pessoas na real life que realmente sabem que eu escrevo e tenho um blog.
parece tão mais fácil me divulgar para pessoas desconhecidas e tal e as vezes eu penso em o quanto tô sendo idiota e como eu poderia largar o foda-se, porque sabe? se eu gosto do que eu tô fazendo e me faz bem, indiferente o que os outros pensem (ou falem).
adorei o texto, maki ♥
menina, pois então! a gente tem dificuldade de falar sobre isso pras pessoas próximas JUSTAMENTE porque tem medo do julgamento delas. vindo de um estranho, tanto faz, mas de alguém que você convive… o negócio muda, né? entendo super isso! mas é um treino da gente valorizar o que faz e confiar mesmo que tem alguma coisa incrível pra entregar pras pessoas, ainda mais pras próximas ♥
Poxa. Que tapinha na cara. Estava precisando ler isso. Obrigada viu?! Vou juntar uma graninha e comprar esse livro, com toda a certeza. 😀
Lari, vale a pena! e o livro é baratinho! acho que tava 20 reais a última vez que eu vi! é muito inspirador ♥