escrita criativa

oi, meu nome é Maki e eu sofro de falta de organização pra escrever. eu juro que é verdade e eu tenho certeza que você se identifica com isso também. é que eu trabalho muito, sabe. e tem o meu cachorro… e as coisas da casa… e… a vida, sabe! tem a vida. tem coisas acontecendo. e eu trabalho escrevendo! eu juro que trabalho escrevendo. mas é, é isso, eu sofro de um mal chamado falta de organização pra escrever.

falta de organização pra escrever
a cara do Michael me define

não foi fácil admitir isso pra mim mesma e eu juro por tudo que quando bati o olho no tema pra esse post eu pensei “puts… ferrou!”. e só “ferrou” porque eu, de fato, tava lidando com isso no momento que revi qual seria a ideia pra semana.

a verdade é que eu tava mentindo pra mim mesma. dizia que tava escrevendo um monte, escrevendo tudo o que eu queria e colocando toda a minha criatividade pra rodar. bem, é verdade, eu tenho escrito um monte mesmo, mas não necessariamente tudo o que eu queria nem mesmo colocando toda a minha criatividade pra rodar. (aliás, semana passada lidei, mais uma vez, com um baita bloqueio criativo.)

só que, dessa vez, ao invés de continuar insistindo no fato de que “ei, olha aqui, eu escrevo muito, sabe?”, sem, de fato, estar escrevendo o que eu gostaria e da maneira como gostaria, eu tive que dar um passo pra trás e assumir que eu tava muito desorganizada mesmo.

eu sei. logo eu. a rainha do bujo.

mas, sendo bem sincera, de novo, o meu bullet journal anda mais triste que o Michael Scott quando não ganha um segundo petisco só porque deitou na caminha como eu pedi. quem acompanha os meus stories do Instagram talvez tenha visto por lá, que ele anda não só super vazio, como muito inacabado e um tanto quanto temporário – o que significa que ele tem sido feito a lápis e não a caneta e eu vivo borrando tudo passando a mão por cima.

momentos.

o lado bom disso tudo é que eu tive que dar um passo pra trás e ser muito honesta com o que eu queria fazer e sobre como eu estava passando os meus dias. e, na real, isso me deu uma baita liberdade pra repensar as coisas e os formatos e os meios e até mesmo tempo pra responder uma pergunta importante:

será que eu quero mesmo escrever?

essa pergunta tem passado pela minha cabeça, de verdade. a boa notícia é que a resposta, até agora, tem sido positiva. e eu acho que esses questionamentos todos me ajudaram a ver o que eu realmente quero fazer e como encaixar isso nos meus dias de uma forma que eu me sinto confortável, sabe?

entra aí a segunda parte deste post:

o que tem funcionado pra eu resolver a falta de organização pra escrever

antes que algum espertinho grite um “se organizar!” do fundo da sala, fazendo todo mundo rir meio escondido da cara de tacho do professor, eu digo que essa não só é uma resposta rasa como também muito batida.

tá todo mundo sabendo do quanto precisa se organizar e a gente não precisa ficar lembrando ninguém disso, tá bem? a tal cultura da produtividade já faz isso demais por todos nós.

e apesar de voltar a me organizar de forma prática, de fato, ajuda, tem três coisas que tem ocupado muito mais a minha mente do que isso. são elas:

1.ser gentil

comigo mesma e com os meus processos. eu tinha uma mania muito grande de me cobrar demais e ser pouco gentil comigo mesma. ultimamente, andei descobrindo, como bem disse minha amiga Karla Lopes, que eu sou a minha própria chefe abusiva e isso é horrível. então, comecei a praticar, mesmo, o que já falei muitas vezes por aqui. se deu tempo de fazer, que maravilha. se eu quiser passar mais meia hora jogando videogame, tá tudo bem! se a procrastinação falou mais alto, acontece! e me dar espaço pra abraçar o que tava passando pela minha mente, pelo o que eu tinha vontade de fazer e só aceitar que, naquele momento, escrever não era uma prioridade. e tudo bem com isso. talvez, em algum momento, o hábito viesse a ser.

2.ser sincera

e buscar entender o que eu quero da minha vida, sabe? milhares de pessoas vão explicar como a falta de organização tem a ver com falta de metas, falta de um norte. e eu percebi, de forma muito correta, que eu não tava sabendo com clareza o que eu queria. por isso, foi naturalmente que eu voltei a fazer as páginas matinais e a coisa toda começou a ganhar uma nova dimensão na minha cabeça. eu escrevo diários todos os dias, mas escrever as três páginas de novo surgiu como um recurso pra olhar mais sinceramente para o que eu queria e para o que eu tava fazendo da minha vida.

e, sim, antes que o nosso amigo engraçadinho do fundo da sala pergunte, eu considero sim as páginas matinais como “escrever”. o termo, por si só, é muito amplo e não só de publicações oficiais vive quem escreve. Austin Kleon mesmo vive escrevendo todos os dias pra si mesmo e no seu blog. isso não conta como escrita? claro que conta.

3.ser fiel

esse é um pouco mais difícil de explicar, mas eu juro que, na minha mente, faz sentido. talvez, aqui, eu possa usar mais uma vez a palavra comprometimento. mas não sei se seria 100% fiel (hehe) com o que eu quero dizer. ser fiel, pra mim, tem a ver com estar de acordo com o que eu acredito e com o que quero fazer, com o que é importante pra mim, sabe? esse é um treino constante e o motivo pelo qual eu falo tanto sozinha, mas se relaciona com a escrita justamente num lugar de me perguntar se eu quero jogar isso pra frente mais uma vez ou se eu quero verdadeiramente sentar na cadeira e fazer o que eu amo – até pra descobrir se eu amo mesmo.

em resumo: como driblar a falta de organização para escrever?

você deve ter percebido que aqui temos um total de zero dicas práticas, por assim dizer. de fato, essas dicas têm pouco valor quando você não trabalha os três pontos acima, pela minha experiência. já ouvi muito que precisava me organizar, mas se a minha organização interna não tá rolando, quem diz que a externa vai funcionar? tenho vivido isso na pele nesse exato momento, e percebi que a organização em si é uma ferramenta muito poderosa quando eu, de fato, entendo o que é importante pra mim.

andei correndo tanto atrás do relógio, quebrando a cabeça com vários métodos e confesso já cansei de começar a usar uma nova ferramenta mais uma vez numa tentativa de me fixar num único sistema. mas eu tenho sentido uma tranquilidade maior quando eu coloco no papel tudo o que tá na minha mente, bato isso com a minha agenda e defino as minhas prioridades. a escrita tem entrado nessa caixinha, das prioridades, porque eu vi o quanto eu me sinto feliz escrevendo qualquer coisa, mas ainda mais quando é algo que eu acredito totalmente.

aliás, se você tem tido dificuldade de criar essa prioridade na sua mente, eu convido você a fazer parte do clube de escrita desancorando. todo mês a gente faz um exercício de escrita que cada um pode desenvolver no seu tempo e, às vezes, esse é o start que você precisa pra entender se a escrita é algo que você quer mesmo priorizar nos seus dias ou não.

(e se a resposta for não, você continua sendo uma pessoa incrível, a meu ver!)

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Escrito pelaMaki
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2 Comentários
  1. Bianca  em setembro 19, 2021

    confesso que nesse espectro da organização eu sou exato seu oposto. desde criança nunca entendia o famoso “não tenho tempo” quando na verdade existia um contexto de vida em que era possível sim criar tempo. sou aquela pessoinha que planeja tudo mas ao mesmo tempo deixa fluir? confuso né, nem eu sei como que isso funciona para poder explicar mas de algum jeitinho mágico só funciona. mas o que você disse sobre gentileza está completamente certo, espero que aos pouquinhos você e a organização entrem em um modo de trabalho conjunto
    espero que você esteja bem
    xoxo

  2. Emerson  em setembro 15, 2021

    O ideal é estarmos alinhados conosco mesmo em qualquer momento.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está de volta! Não deixe de conferir os novos posts.

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    Até mais, Emerson Garcia