Essa semana saí para jantar com uma amiga que me disse uma coisa que ficou na cabeça: confiança é um assunto delicado. Já comentei como estava pensando muito nesse assunto (graças à Kim Kardashian!), e essa conversa me fez perceber que não o tema, mas a confiança em si é mesmo muito delicada.
Minha amiga me falou algo nos moldes ‘se você não tem, absolutamente qualquer coisa te afeta‘. Verdade. Uma pessoa sem autoconfiança se deixa abalar muito mais facilmente do que alguém confiante. Qualquer comentário é pessoal, qualquer pedregulho no caminho vira um verdadeiro Monte Everest.
“A vida é curta. Insegurança é uma perda de tempo” – Foto: Pinterest
É também delicado porque precisa de muito cuidado. Confiança não é o tipo de coisa que você adquire do dia para a noite. Muito pelo contrário, a não ser que, desde pequena, você tenha aprendido a ter essa característica tão buscada, é muito trabalhoso porque a mente cria armadilhas para acabar com ela, tornando o processo inteiro ainda mais complicado.
Eu nunca fui uma pessoa confiante, como já comentei antes. Tive muitos momentos em que fui uma pessoa confiante, verdade, mas na essência, não era assim. Todos os dias, estou aprendendo o que preciso para deixar de ver esse traço como algo delicado, fácil de quebrar, como aquela camada fininha de gelo que se desfaz ao menor toque. Para isso, travo batalhas diárias na minha cabeça. Assistir tudo de lá de dentro deve ser até que bem divertido. Eu, discutindo comigo mesma, tentando provar para a minha própria cabeça que sou capaz de fazer o que me der na telha.
E quando digo que é uma batalha diária, não minto. Todos os dias preciso rebater argumentos ditos pela vozinha da consciência que tenta me diminuir, ao invés de me fazer grande.
Essa semana também li em uma matéria da revista Glamour que diz que ‘quem pensa pequeno fica pequeno‘, e acho que isso se encaixa muito aqui. Uma pessoa sem confiança alguma se apequena, se esconde atrás de si, porque não acredita na própria capacidade de fazer coisas maravilhosas. Ao contrário de, usando o tema do Diário anterior, uma Kim Kardashian da vida que vê o que os haters falam dela e manda um beijinho no ombro pra todo mundo.
A transição do primeiro para o segundo grupo é tortuosa, verdade, mas bastante recompensadora, principalmente quando você percebe os resultados que isso traz, como um projeto que enfim saiu do papel, um trabalho tão desejado, um reflexo muito mais bonito no espelho… O trabalho interno se reflete no mundo exterior e isso é o mais bonito de tudo.
2015, tenho fé, será um ano de muitas batalhas mentais. De me engrandecer ao invés de me diminuir e de me enxergar, ao contrário de simplesmente ver.