cotidiano

eu tive a ideia pra esse post na semana passada, quando pensei num lookinho pra usar na quarta-feira, mas a jaqueta que eu queria não existia no meu armário – tava no guarda-roupa da Bruna. acabei indo tomar café da manhã na casa dela (ovos com torrada e café, nhami!) depois do treino e peguei a bichinha (a jaqueta, no caso) pra passar o dia comigo.

eu e o vestido florido da Lia

o vestido que eu mais uso é um florido que, apesar de estar no meu armário há um bom tempo, também não é exatamente meu. era da Lia. ela me deu quando tava se desfazendo de um monte de coisa e achou que combinaria comigo. combina mesmo, e eu amo demais usar aquela coisinha colorida faça chuva ou faça sol.

teve um evento de tutoria da Coexiste que eu usei um vestido e um coturno emprestados em um dos meus lookinhos favoritos da vida. e no evento passado, o último que rolou, eu peguei um macacão da Marina que virou xodó também.

tem uma outra jaqueta vermelha bem linda que eu usei esses dias que é do Vini, que mora comigo, e que já virou uma das minhas paixões. e tem uma bota da Adriele que vira e mexe eu pego emprestada também, porque é linda, é confortável, tem um saltão bonito e eu adoro usar.

foi louco chegar à conclusão que as minhas roupas favoritas não são minhas. e também que, na verdade, o que eu gosto mesmo não é exatamente das roupas em si, mas das pessoas que me emprestam cada uma dessas peças.

a gente tem uma vivência, sabe? eu fico pensando que parece meio maluco mesmo quando eu falo que moro colada com outras 100 pessoas (talvez mais? talvez menos? por aí) que eu conheço e que a gente vai a pé da casa um do outro todo dia, praticamente. se eu quero uma blusa da Bruna? tá ali, há meio quarteirão de distância. um vestido da Maíra? é só pegar com ela na Coe. a botinha da Adriele? ela deixa na portaria e eu busco lá.

olha aí a jaqueta vermelha da Bruna <3

tem umas semanas aí que eu fiquei meio encucada com o fato de que não tava feliz com o meu guarda-roupa e que eu tô precisando comprar umas roupinhas (o que ainda é válido, porque tô sem muita coisa pro frio), mas daí eu lembrei das jaquetas vermelhas, dos vestidos, do macacão e da botinha. e, puxa, pra quê me preocupar com isso se eu tenho um monte de armário pra chamar de meu por aí?

curiosamente, foi uma lembrança muito bem lembrada de que eu não to sozinha, e que eu posso contar com as pessoas. você já reparou que a gente é tudo um monte de bicho desconfiado, que acha que tem que se virar sozinho e dar conta da vida por si só? pois é. eu tô vendo que a coisa não é bem assim, sabe? e me dá um alívio no coração poder contar com essa galera.

e toda vez que eu abro o meu armário e a jaqueta da Bruna tá lá, ou quando eu pego o vestido da Lia, ou ainda quando peço emprestada a botinha da Adriele, eu me lembro que não preciso ir sozinha pra lugar nenhum. eu posso levar cada uma dessas pessoas comigo, seja no look do dia, seja no coração (principalmente no coração).

fiquei feliz. feliz de perceber que as minhas roupas preferidas não são minhas e que tudo bem, eu não preciso de um armário lotado de coisas pra me sentir bem. mas eu preciso de pessoas, muitas, todas elas, quanto mais melhor! e com tantas pessoas legais por perto, acho que tudo bem eu pegar uma roupinha ou outra emprestada quando der na telha.

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Escrito pelaMaki
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4 Comentários
  1. BA MORETTI  em junho 16, 2019

    isso me fez lembrar de quando dividia o quarto e o guarda-roupa com a minha irmã. tivemos duas fases. uma a gente comprava roupa igual. tinha certa diferença de tamanho então comprávamos a mesma peça. e a outra, quando não nos pilhávamos mais tanto com tamanho, que comprávamos apenas um peça e usávamos quando dava vontade. tem peça minha que nunca mais vi, HAHA e teve muita peça dela que eu aproveitei horrores. no começo eu ficava meio pistola quando não achava algumas peças mas depois eu via que no fundo ela tava aproveitando bem mais do que eu. e tudo bem né? é gostoso demais poder compartilhar ♥ um pedacinho da gente pro outro e vice-versa 🙂

    • Maki  em julho 01, 2019

      nossa, Ba, sim! é uma delícia isso. no começo parece meio estranho, mas dá um quentinho no coração perceber que tem alguém aproveitando tanto aquela peça, né?

  2. Marina Rosa  em junho 08, 2019

    Lendo seu texto eu me descrevo perfeitamente como: “um monte de bicho desconfiado, que acha que tem que se virar sozinho e dar conta da vida por si só”. Eu não me sinto bem em usar roupa emprestada e a única pessoa que uso a roupa é a minha mãe. Mas engraçado isso de roupa emprestada, no caso as roupas da minha mãe, é que a roupas que pego dela são roupas que eu jamais compraria se eu tivesse que ir na loja e pegar com minhas próprias mãos. E isso é até que um exercício de descoberta, tentar coisas diferentes….

    Abraços,
    Marina | inquietudes.home.blog

    • Maki  em junho 12, 2019

      Mari, é que é bem isso, né? a gente é desconfiado mesmo e acha que não pode. eu nunca pegava nada emprestado de ninguém. hoje, já sei que é tudo meu e tudo o que é meu é de todo mundo também. se precisar eu empresto, e se precisar me emprestam também. é tirar da cabeça essa ideia de que a gente tem que se virar sozinho e que só é permitido pegar coisa emprestada de algumas pessoas específicas. e eu sempre busco roupas que jamais compraria também hehehe!