cotidiano

O bacana (e às vezes o chato também) de estar em uma fase muito reflexiva é que todo e qualquer assunto vira motivo para – isso mesmo – reflexão. Sou apaixonada por moda, como já comentei por aqui, mas acho que, recentemente, descobri uma paixão muito maior pelo estilo pessoal do que pela moda em si.

Explico: qual a diferença entre uma menina que usa roupas de marcas caríssimas e tem milhões de seguidores nas redes sociais, e da outra que usa combinações super estilosas com peças da Riachuelo e Renner e tem apenas amigos no Instagram? Provavelmente uma delas é considerada ‘bem vestida‘ e a outra não.

look

A verdade, porém, é que o look de ninguém é melhor do que o de outra pessoa. Eu ainda estou em busca do meu estilo pessoal. Não fui uma das sortudas que já nasceu com aquela confiança de saber exatamente o que quer ter no guarda-roupa. E tudo bem, gente, isso é normal. Eu estou me descobrindo ainda. A amiguinha do lado pode estar no mesmo momento que eu e isso é muito bacana.

Não significa que a insta-celeb tenha o estilo certo e o meu seja errado. Muito pelo contrário. O legal de estilo é isso, não tem certo ou errado, cada um usa o que quer, o que combina e reflete a sua personalidade, quem você realmente é. Julgamentos, aqui, não são nem nunca serão válidos.

Marca não quer dizer estilo. Já vi muita gente riquíssima e que tem um mal gosto absurdo, assim como vi pessoas humildes com um estilo de dar inveja. Dinheiro não traz felicidade nem bom gosto, já diz a sabedoria popular.

Acredito cada vez mais que o querer pode ser o filtro que embaça a visão de todo mundo nesse sentido. Querer uma roupa cara dá a entender que ela é melhor do que a roupa mais baratinha que o seu orçamento comporta. Nada disso, gente. Verdade, qualidade é melhor do que quantidade, antes uma peça boa do que trinta de tecidos questionáveis, mas cada um se veste como pode, com o que tem. Isso não quer dizer que o look da amiga do lado é melhor do que o seu.

E o dress code também se encaixa aqui. A adaptação ao meio tem que vir de cada um. Advogada não usa vestido de balada para a corte, assim a madrinha de casamento (ou ninguém, nesse caso) usa calça jeans no dia da cerimônia. No entanto, seja o seu terninho Renner ou Dolce & Gabbana, essa adaptação é a mesma.

O que cada um escolhe usar depende de uma série de fatores que vão muito além da imagem do Instagram e da conta bancária da mocinha do lado de lá. A grama do vizinho sempre parece mais verde e essa é uma armadilha que o nosso ego utiliza – e muito! – para nos auto-sabotar. A gente se compara com a pessoa do lado e não percebe o que tem no próprio prato.

As tais it-girls fazem sucesso porque passam um ideal que, hoje em dia, as pessoas querem muito consumir. E, nessa viagem, quem lembra da moça que se vestiu feito uma idiota para ver se era fotografada durante as semanas de moda? Ideal pode enganar também.

Por isso, talvez o conselho do dia seja: não olhe tanto para o lado e sim para si mesma. Se você se veste como se veste hoje, tem um motivo, e se você acha que isso não combina com quem você é no momento, se comparar com os demais não vai tornar o seu look ‘melhor’. Autoconhecimento ajuda a colocar para fora o que a gente sente por dentro. Para mim, é isso que a moda representa e, provavelmente, vai sempre representar.

Vocês concordam com essa ideia? Tenho certeza que muitas de nós já nos pegamos observando a pessoa do lado e se sentindo ‘diminuída’ por achar aquele look melhor. Mas não é não. Você pode usar um saco de batatas, mas se for com confiança, se ele representar quem você é, vai ser o saco de batatas mais lindo que o mundo da moda já viu.

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Escrito pelaMaki
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