sim, aconteceu. pela primeira vez na vida, eu fui num show de k-pop. não sei, exatamente, se o The Rose cabe nessa categoria, porque, na verdade, essa é uma banda (com instrumentos e tudo mais). mas já percebi que muita gente coloca os meninos nesse bololô também. seguimos.
quarta-feira passada (dia 13) eu sai do trabalho mais cedo (em um dos dias mais incríveis desse mês, até mostrei no Stories, lembra?), pra encontrar a fofinha da Mari (do Love Code) lá na Liberdade. confesso que tava meio em conflito pra ir nesse show, porque nunca tinha participado de um evento tão diferente como esse e não tinha ideia do que esperar na hora do high touch e da foto em grupo (calma, que eu chego lá).
em uma frase: foi incrível. o show foi maravilhoso, os meninos são muito talentosos e eu fiquei encantada com a voz do Woosung ao vivo (não que eu precisasse de provas do quanto eles são incríveis). arrepiei que eles colocaram a ponte de Fix You, do Coldplay, no meio de Last Dance, do BIGBANG, e que eles tocaram Breakeven, do The Script (a minha banda favorita depois de McFly). fiquei muito apaixonada pelo Dojoon e pela animação dele. ele não conseguia se aguentar de tão feliz que tava com a resposta dos brasileiros. o Jaehyung é uma das coisas mais fofas desse planeta, e eu achei muito gracinha que o Hajoon tava morrendo de vergonha de fazer qualquer coisa fora da bateria dele.
no mais, eu percebi duas coisas muito interessantes:
- eles tavam tão felizes de estarem ali que era difícil não se sentir contagiada com a alegria de todos eles (principalmente do Dojoon e do Jaehyung, que não paravam de sorrir);
- eles ficam incomodados que as pessoas parecem não aproveitar o show deles.
eu sei, eu sei, parece loucura uma coisa dessas, mas eu fiquei muito ligada em como as pessoas agiram durante o show. tipo, eu me diverti muito, eu dancei, gritei, até fiz coraçãozinho com a mão pra ver se algum deles me notava (quem diria!), mas percebi que as outras pessoas (meninas adolescentes, em sua maioria) ficaram muito mais preocupadas em tirar fotos e chorar porque tavam perto dos ídolos do que aproveitar o que eles tavam oferecendo mesmo. doido, né?
e é muita ilusão achar que eles não percebem isso. o Dojoon repetiu várias vezes que queria que as pessoas aproveitassem o show, que se divertissem, que ficassem presentes, mas em muitas das músicas o público ficava parado, todo colado um do lado do outro, sem fazer muita coisa além de ficar esperando um momento em que o seu olhar cruzasse com o de alguém que tava em cima do palco. eu fiquei pensando como deve ser pra eles entregarem tudo o que eles têm e não se sentirem vistos ali de cima. me deu um aperto no coração, confesso, e o fato de os gritos estarem mais altos que a música me incomodou também.
depois veio a parte mais curiosa. nunca participei de um high touch na vida e não tinha ideia do que esperar. basicamente, é assim: o hight touch dá direito a algum tipo de interação física com o ídolo. você pode dar as mãos pra ele, conversar um tico… uma coisa de proximidade mesmo, sabe? no show do The Rose, as pessoas com ingressos VIP e VVIP (meu caso) poderiam dar um high five em cada um deles. e foi a coisa mais maluca que eu já vivi. a gente ficou um tempinho em fila, entrou na sala e tavam todos os quatro em fileira, com a mãozinha pronta pra bater na sua, de pé atrás de uma mesa. é tão rápido que não dá tempo de você pensar em nada. eu tentei muito passar pra eles a sensação de que eles tavam sendo vistos, de que eu sabia que eles tavam ali de verdade (mas não sei se ficou claro pra eles – espero que sim ❤). o Dojoon é muito fofo e foi o mais animado quando eu soltei um ‘HI!’ bem empolgada e com cara de louca (eu imagino hahaha).
foi muito legal, mas muito doido. eu queria ter tido um segundo a mais só pra sorrir pra cada um e falar que eles fizeram um trabalho incrível e que dá pra perceber o quanto eles são carinhosos com o que fazem. quem sabe da próxima vez.
depois, veio a parte da foto. o pessoal do VVIP voltou pra fila e entrou em grupos de dez pra fazer a foto com todos eles. agora, eles tavam sentadinhos em fileira e ficavam cinco pessoas atrás e cinco pessoas abaixadas na frente. eu fiquei no canto, bem atrás do Woosung, de pé, e achei essa parte a mais legal, porque pelo menos a gente tava mais perto e conseguia dar um ‘oi‘ mais atencioso. queria ter falado coisas (tipo que eu amei que o Woosung tava com uma camiseta do Van Gogh, com um dos meus quadros favoritos, o Noite Estrelada), mas enquanto tentava entender o que tava acontecendo a foto veio e foi embora e eu só me vi fazendo um ‘tchau‘ mega empolgada (de novo!) pra eles na hora de sair.
resumo da ópera: eu ri muito, eu achei tudo muito diferente e divertido. eu não entendi porque as pessoas saiam chorando depois do high touch, porque não dava nem tempo de ter um motivo pra chorar, e saquei porque isso é tão valioso pras coreanas. numa cultura em que o toque é algo tão raro e reservado a poucos, ter um momento pra encostar em alguém que você admira é uma coisa bem importante mesmo. pra gente, que é brasileiro, dar um high five em uma pessoa desconhecida não é uma coisa absurda. por isso, pra mim tinha um quê de cômico nisso tudo – mas não deixou de ser incrível.
você deve estar se perguntando porque esse post não tem fotos do show. não tem porque eu não tirei nenhuma, e o único registro que eu fiz por lá foi o videozinho que eu criei pro Stories, com uma única cena dos 4 no palco. foi uma escolha consciente, não só porque eu não queria ficar mexendo no celular na Liberdade e no meio da multidão, mas também porque eu queria muito ter uma experiência presente, sem tanto foco no que eu ia registrar, gravar ou fotografar. até porque, na parte do high touch e das fotos, não podia ficar como celular na mão. eu queria prestar atenção em tudo e ficar ligada no que tava rolando. deu certo :).
enfim, foi muito legal e eu fiquei feliz de ter ido e conhecido a Mari (além de ter encontrado a Gabs de novo ❤). acho que o melhor de tudo foi esse exercício de observação e de ficar ligada nas pessoas, tanto as que tavam em cima do palco, quanto as que tavam ao meu redor, sabe? espero mesmo ter mais experiências como essa. (MonstaX tá vindo aí, mas já perdi porque não consegui ficar na fila pra comprar ingresso – ainda assim, meu coração vai estar com eles quando passarem por aqui hehehe).
você já foi num show de k-pop? me conta como foi?
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12 Comentários
Oi Maki, tudo bem?
Eu nunca fui em nenhum show de kpop, mas tenho muita vontade de ir em um show, e se possível do CNBlue ou do Super Junior. Enfim, fiquei imaginando sua noite, e depois de ter lido a postagem fiquei senti um pouco de toda a sua animação. A decisão de não fotografar foi a mais acertada, e é engraçado que estava conversando com uma amiga esses dias sobre isso, porque sempre que saímos não tiramos nenhuma foto,mas porque simplesmente esquecemos.
Adorei saber um pouquinho de como foi sua experiência.
bjus,
Amanda Almeida
Amanda, eu também adoro o CNBlue! apesar de não tanto quanto o The Rose, hehehehe. quem sabe eles não vêm pra cá em breve, né?
Que legal Maki ♥
Realmente, tenho pensado bastante nisso nos últimos dias: em como aproveitar o momento ao invés de ver ele por uma tela de celular. Não sou muito de ir em shows mas nas últimas vezes onde pude, tentei respeitar o artista e não gravar tudo, prestar atenção, interagir. A ideia do show é essa né, deveria ser isso pra todo mundo..
Comecei a ouvir kpop bem recentemente e a conhecer a cultura coreana, tão diferente da nossa. Nos vídeos de fansign, a gente vê as fãs conversando e segurando as mãos, num nível de importância muito maior do que nós, ocidentais, daríamos (falando de um modo geral, claro). Eu particularmente, daria muita importância kkkk
Nunca tinha ouvido falar deles, vou procurar pra ouvir 🙂
ouça, Flávia! você vai amar The Rose <3
eu tô toda boba lendo e imaginando cada cena. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA QUE COISA MAIS LINDA!!!!
ainda não tive essa experiência, mas consegui me imaginar e sentir todo o carinho através desse texto, TU ARRASA!!
(saudades, The Rose, volta logo!!)
AHAHAHAHAHAHAHAAH sua fofa!
volta logo mesmo pois saudades ❤️
É muito doido né, tá tão perto de quem você admira. É bem bad quando o artista percebe que o público foca mais em registrar o momento do que curtir ele. No show do MVP aqui em Recife eu gravei muita coisa mas consegui curtir um bocado também. E aqui teve fansing, o que foi muito bacana. Acho essa parte de interação tão importante nesses casos de o artista não se sentirem vistos, até pros fãs também. A gente se prepara um monte mas chega lá é tudo uma loucura, mas você guarda tudo com muito carinho. Amei o post e o jeito honestão e sincerão de passar tua experiencia. Espero que consiga ir à mais shows de kpop, bjo.
Wesley que legal que você teve uma experiência dessas também <3 é muito legal, né?
eu também espero ter mais em breve (alô, GOT7, plis come to Brazil)
Maki você é um anjo e amei te conhecer, fico me perguntando por que a gente nunca se encontrou se moramos na mesma cidade? Bom que nosso encontrinho foi nesse show incrível. Você descreveu muita coisa do que senti. Que coisa mais preciosa vê-los felizes daquele jeito, né? Sua descrição do high touch foi ótima! hahaha
Eles realmente estavam preocupados de que o pessoal não aproveitasse 100% do show, e isso me deixou um pouco triste também porque muita gente ali só viu o show pela tela do celular, mesmo estando presente. Mas saber que eles são apaixonados por música nesse nível, preocupados com os sentimentos que os fãs terão durante o show, aaaa isso me deixa extremamente orgulhosa.
E sua escolha de sentir o momento e não perder nenhum detalhe foi ótima, parabéns Maki! ♥ E eu achei muito engraçado você rindo do jeito que tava, haha foi um misto de Maki feliz e chocada, bem fofa haha.
Beijos!
MARI, SUA LINDA! também fiquei meio chocada que a nunca tinha se encontrado antes? tipo, como assim?
foi muito divertido mesmo e eu fiquei muito feliz de ter passado por essa experiência com você <3 valeu mesmo por ter topado e me incentivado a não desistir de ir! ❤️ e eu tava mesmo num misto de Maki Feliz com Maki Chocada. amei demais.
O que mais me encanta nesse tipo de post seu é que eu consigo vivenciar claramente cada experiência descrita nele. Você escreve bem demais, Maki.
E não, nunca fui a um show de k-pop, mas gostaria MUITO. Principalmente da minha banda preferida, a CNBlue.
Amo seu blog, beijos ❤
http://www.amavelgirassol.blogspot.com
aaaaa CNBlue é tão amor, né?
fico feliz que você goste dos textos. às vezes eu acho que me empolgo demais hahahaha