Eu disse que dei adeus pro medo, né? Mas, sabe, ele continua me visitando de tempos em tempos. E tudo bem, isso é normal. É tipo quando você atualiza o HTML de um site e ele não atualiza quando você aperta o F5. Tem horas que o cache da vida fica meio que lembrando a gente de uns hábitos antigos que a gente quer se livrar.
Desde que comecei todo o meu processo de cura, eu percebi o quanto eu era medrosa. Eu tinha medo da vida mesmo, sabe? Medo de tudo. Tudo me apavorava. Você tem ideia do que é isso? Não é só medo de sair de casa à noite ou de ficar sem emprego. É medo de gastar 10 reais num milkshake do Bob’s. Medo de sair com uma amiga e não com outra. Medo de falar uma coisa errada e magoar alguém.
Foto: Cassio Crow Fotografia
Eu não percebia esse medo todo. A forma como eu agia era só o reflexo de uma mentalidade. Eu só sentia isso toda hora. A base de tudo o que eu fazia era medo. Aos poucos eu tô vendo que esse medo, ele não existe. Ele não é real. Ele é só uma invenção da minha mente e eu tô me vendo fazer coisas que antes me apavoravam. E isso é muito legal, sabe? Eu tô saindo da caixinha, e se eu consigo, você também consegue.
Pensando nisso, eu achei que seria legal listar um monte de coisas que eu já tive medo de fazer, ou que eu ainda tenho medo. Se você se relacionar com alguma delas, é o mais legal de tudo, porque essa é só mais uma certeza de que eu não estou sozinha ao querer deixar tudo isso de lado. Entende?
Então vamos lá. Eu já tive/tenho medo de:
- Dormir abraçada com outra pessoa
- Lugares altos
- Mandar email/ligar pra pessoas que eu não conheço
- Ir numa entrevista de emprego
- Andar a cavalo
- Chegar em casa tarde demais (e alguém ficar bravo comigo)
- Investir numa coisa que eu acredito
- Ir para qualquer lugar da cidade que saia do meu bairro
- Palhaços (um nível acima: palhaços zumbis)
- Baratas ou qualquer inseto que voe
- Beijar alguém que eu gosto em público
- Usar uma roupa chamativa
- Falar que eu não gostei de alguma coisa
- Falar que a outra pessoa está errada
- De não ouvir ‘eu te amo’ de volta
- Morrer sozinha
- De não encontrar um marido
- Não ganhar um salário alto
- Não ter um emprego fixo até os 30 anos
- Andar de moto
- Andar de bicicleta
- Sair num encontro
- Dirigir
- Falar em público
- Acreditar na minha própria capacidade
Sabe o que todos esses medos são? Amarras. Eu poderia listar mais um milhão de coisas que me deram medo em algum momento da vida, mas a verdade é que seriam apenas mais desculpas pra eu me colocar nessa caixinha, pra eu me limitar e ficar ainda mais longe de quem eu sou de verdade.
A verdade é: quanto mais a gente dá significado pra esses medos, mais a gente se limita, se reprime. A gente aprende que ter medo das coisas é normal, então a gente pega um monte de elementos, dos mais superficiais aos mais profundos pra moldar quem a gente pensa que é. Depois, pra tirar esse medo da frente, é um traaaaampo.
Mas o que importa é que isso tem uma saída. É bem aquela coisa de sair da nossa zona de conforto, sabe? Quanto mais a gente se abre pra tentar fazer uma coisa que antes a gente morria de medo, mais a gente percebe que essas coisas que a gente ‘não gosta’ são apenas coisas que davam medo em algum nível. Abrir a mente é a melhor maneira da gente se livrar dessas coisas. Eu me comprometi a acabar com o medo que eu sinto. Totalmente. Espero que você se comprometa também.
Me diz, de qual medo você quer se livrar?
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10 Comentários
Medo do futuro
Medo de conseguir um emprego e não conseguir ficar por medo
Estou adorando seu blog Maki!
Resolvi comentar nesse post em especial porque eu tinha que dizer que eu era/sou muito parecida com você. Em outro post você falou sobre querer ficar o mais tempo possível sozinha em casa. Pra ser sincera eu ainda adoro, mas percebi que eu estava ficando depressiva, estressada e obviamente isolada. Me sentia muito sozinha no sentido do mundo todo estar girando, das coisas acontecendo e eu vivendo todos os finais de semana na frente do computador. Eu queria mudar e esperava que um milagre acontecesse, igual nos filmes onde uma fada aparece do nada e faz tudo mudar. Mas vi que essa fada era eu. Que eu tinha que fazer acontecer. Sei que é muito clichê mas depois que resolvi mudar de verdade (e não só querer e continuar na mesma) as coisas rapidamente mudaram. Hoje em dia me sinto muito mais viva, mais tranquila, mais feliz com a vida que tenho, mesmo não sendo tudo perfeito. Mesmo eu não sendo rica, não tendo um carro novo e não tomar café todos os dias no Starbucks…
Enfim, escrevi tudo isso pra dizer que me identifiquei muito com você! haha
Pra ver como a gente é parecida, os medos que tenho e não quero mais ter são os: 2, 3, 4, 5, 6, 10, 11, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 21, 22, 24 e 25.
mas é aí que a mudança acontece mesmo! é só a gente fazer um pedido sincero, que a mudança vez. toda vez que a gente se abre pra fazer algo diferente do que tá acostumada, coisas incríveis acontecem. e parece mesmo coisa de filme, mas na verdade é muito mais prático e papável, sabe? ahahah e a gente tem muita coisa parecida mesmoooo, mas acho que a gente pode começar a trabalhar mais em acabar com eesses medos, né?
Pois é, muitos medos para trabalhar e não ter mais!!!
Oi, Maki!
primeiramente: que foto linda! que sorriso 🙂
Tenho alguns desses medos também, o principal deles é de morrer sozinha. Sabe aquela coisa de “eu se eu morrer aqui e ninguém me achar?”, então… Mas eu preciso mesmo é parar de pensar no pior, sempre negativo. Além de não atrair coisas boas eu ainda não consigo evoluir, sair de onde estou. de ter medo do futuro.
Com calma vamos arrumar tudo isso e vamos nos livrar dessas coisas que não nos deixam fazer o mais simples.
Giovanna, eu posso te garantir, com 100% de certeza, que você nunca vai estar sozinha. Nunca. Nunquinha mesmo. Jamais.
Partindo desse princípio fica mais fácil a gente olhar pra isso e pensar ‘mas gente, que besteira’. E não é nem parar de pensar no ‘pior’, é só a gente ter o discernimento de ver o que é verdade e o que não. É isso que eu estou fazendo. Na frente do medo, eu escolho ver a verdade sobre as coisas e isso, automaticamente, me coloca num lugar em que o medo não existe, sabe?
Esse é o trampo que a gente tem que fazer. Vamos juntas ♥
Queria eu conseguir ser uma pessoa mais “desprendida” assim. Não diria que sou uma pessoa feita de medos, mas sim de insegurança, o que acaba levando ao medo.
Eu sempre tive uma dificuldade enorme pra conseguir confiança suficiente pra dar tal passo. Tenho trabalhado pra superar isso desde novinha, só que é complicado, sabe. São traumas de infância e problemas que ocorreram e ocorrem em certas coisas na minha família. Tanto que eu nem sou de mencionar muito isso. Já fiz alguns posts desabafo a respeito no blog, mas nada tão profundo. Se eu sumo ou deixo de blogar por uns dias, pode ter certeza que eu tô reavaliando mil coisas na minha mente.
Mas a vontade de superar, de conquistar meus objetivos, de ser alguém melhor e de me sentir bem, independente do que os outros pensem, sempre acaba falando mais alto e me permite sair do lugar pra caminhar pra um propósito, sabe? Eu sou muito inconstante, mas tenho perseverança, então eu costumo dizer que “uma hora vai”, haha. E vai mesmo, leve o tempo que for.
Atualmente tô superando o 7, e quero conseguir engrenar logo pra acabar com essa ansiedade. Ah é, pra ajudar ainda sofro de ansiedade, haha 😛 Ao menos um bem ela tem: não me deixa desistir.
O 9 não tem jeito, palhaços me dão calafrios desde pequena. Menos o Coringa <3 Mas com ele é outra história, né.
14 sempre, 16 também… o 23 me dá uma vergonha enorme, pois fiquei tão em choque com meu primeiro teste que não deu certo, que deixei vencer o prazo pra tentar de novo e agora só pagando novamente 🙁 Por enquanto não cogito passar perto de um carro.
O 24 eu tenho desenvolvido aos poucos e já melhorei bastante, mas sempre dá aquele friozinho na barriga de falar besteira e todo mundo rir da minha cara.
Por fim, o 25 é o que eu luto constantemente, e com o apoio de amigos tenho acreditado mais em mim.
Foi mal pelo comentário/sentimental/desabafo hahaha mas teu post me fez refletir e relembrar bastante coisa.
E que bom que você tem conseguido superar seus medos, com certeza isso só nos deixa mais leves e seguras de si.
Beijos,
Priih <3
Priih ♥
Antes de mais nada, amei o seu comentário, de verdade!
Em segundo lugar… Sabe, eu passei por muita coisa já e cheguei num ponto em que percebi que eu tinha duas opções: ou eu continuava deixando a minha mente tirar o melhor de mim, ou eu soltava um ~o jogo virou, queridinha~ e fazia o máximo pra entender o que acontecia ali dentro e tirar, de uma vez por todas, essas sensações ruins de mim.
Eu optei pela segunda escolha e essa decisão, de sair de uma vez dessa fossa em que eu me coloquei, foi essencial pra eu aprender que o passado não existe mais. E se ele não existe mais, por que eu vou ficar presa no que aconteceu lá atrás?
Sabe, não duvide da sua capacidade de ser desprendida como eu, você consegue sim e consegue também deixar essas coisas no passado (onde elas começaram e acabaram) e aproveitar tudo o que a sua Vida tem pra oferecer (e tô falando a Vida mesmo, não a nossa rotina, etc). Você merece muito, de verdade!
Eu espero que a gente consiga, juntas, deixar todos esses medos de lado pra desfrutar do que é nosso por direito ♥
Beijos!
Maki, eu estava falando sobre isso agorinha com minha mãe. Chegou a carta para eu renovar minha CNH que eu já tenho há 5 anos. Faz quase 2 que eu tenho carro e eu morro de medo de dirigir. Não sou nem tão ruim de volante não, eu tenho medo é isso não me deixa a vontade para dirigir…
Também nao ando de bicicleta. É. Fazer o que? Vou tentar aprender…
Eu espero que você consiga a cada dia vencer esses medos, e que eu também possa superar os meus que não são poucos… Porque esses medos são cordas que nos impedem de vivermos a Vida com V maiúsculo, como eu aprendi a chamar aqui com você!
Um beijo, parabéns e obrigada por esse texto.
Nossa, Aline, eu super entendo. Eu tirei carta com 18, mas peguei um medo absurdo de dirigir depois que bati o carro (dois dias depois da carta chegar, acredita?) e nunca mais… E eu só bati o carro porque tava morrendo de medo de fazer alguma besteira. É isso, os medos amarram a gente mesmo e não nos deixam desfrutar tudo o que a Vida (que fofinha, você!) nos proporciona.
Brigada e vamos juntas! ♥