cotidiano

No final da semana passada, como eu comentei no Instagram, eu fui no show de uma das minhas bandas preferidas: OneRepublic. Eu esperava bastante por esse show, já que era a primeira vez que eles vinham para o Brasil, mas o que eu recebi lá no Espaço das Américas foi muito mais que um show. Foi uma experiência completa.

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Explico: Levei minha câmera porque queria fazer um vlog pro Desancorando, mas qual não foi a minha surpresa ao me falarem que eu não poderia entrar com a câmera? Teria que fazer uso da chapelaria (ouch!). No momento em que soube, fiquei meio irritada, mas logo achei melhor largar tudo por lá mesmo e entrar até sem celular.

Pausa para o choque.

E, olha, graças a Deus que eu tomei essa decisão. Porque o que me esperou dentro do show foi uma revelação incrível: absolutamente ninguém estava conectado com o que estava acontecendo no palco.

Eu entendo que ver uma banda que você ama pode ser considerado especial e que ter por perto essas pessoas que você sempre admirou de tão longe é algo que precisa ser registrado. Mas, gente, vamos viver um pouco mais o momento?

Pode parecer muito clichê, mas eu senti que estava totalmente presente durante aquele show. Eu vi o que estava acontecendo, eu presenciei e eu aproveitei tudo o que podia aproveitar. Verdade, eu não tenho o que mostrar pra ninguém depois, mas, honestamente, pela primeira vez, isso não importou.

Acho que a gente fica tão preocupado em mostrar pra alguém que a gente fez tal coisa (no caso, ir a um show), que esquece de aproveitar o que está rolando naquele momento. E eu entendi porque não tinha que entrar com a bolsa. Eu precisava ver aquilo.

Fiquei emocionada, de verdade, porque eu senti algo totalmente único, uma conexão com o momento e com a música que nunca senti antes em toda a minha vida. Ali, eu estava totalmente livre e em paz.

E eu aproveitei o máximo. Saí de lá em êxtase por ter vivido aquela experiência, sem me preocupar com a bateria do telefone, com o Snap que não carregava, em mandar áudio pra alguém, em gravar. Eu vivi. E pronto.

E foi demais.

Sinto que a tecnologia trouxe muitas vantagens, claro, mas uma das principais desvantagens é que as pessoas ficam preocupadas demais em registrar o que está rolando e esquecem de viver o momento.

No meio de tudo isso, eu só conseguia pensar: ‘Abaixa o celular, cara. E presta atenção’.

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Escrito pelaMaki
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8 Comentários
  1. Chell  em setembro 28, 2015

    as pessoas ficam tão preocupadas em filmar/fotografar que perdem o momento. Eu tiro 1/2 fotinhos e guardo tudo pra curtir o show =D

    • Maki  em setembro 28, 2015

      Né? Eu sou assim também. Eu só tenho foto desse show pq minha amiga tirou um monte, mas normalmente eu não tiro nada. não faço questão mesmo e prefiro não me preocupar com isso!

  2. Julia Pacheco  em setembro 28, 2015

    Maki, conheço seu sentimento de perto! Recentemente também fui ao show da minha banda preferida (tokio Hotel hihi) e optei por não levar câmeras e o celular ficou guardadinho na bolsa para propósitos de comunicação. Na verdade, o meu maior medo era que algo acontecesse com a minha câmera, mas no final a decisão se pagou com muito mais: aproveitei o show por inteiro, cada segundo, cada música, cada luzinha que piscou no palco. Dancei toda livre e nem me importei se teria o que mostrar depois: o importante era o quão renovada e feliz eu saí de lá. Então, concordo super com você: a tecnologia é mara e poder registrar os momentos é ótimo, mas é importante não esquecer que o jeito mais legal de guardar memórias é no coração <3

    • Maki  em setembro 28, 2015

      Oi, Julia!
      Poxa, que legal. Mas é bem isso mesmo, né? Foto nenhuma ganha da sensação de tempo bem aproveitado, de presença mesmo, né? Arrasou. E com certeza você tem lembranças muito mais legais desse show do que qualquer outra pessoa que estava ali!

  3. K A H  em setembro 26, 2015

    Esse negócio de celulares em shows é algo complicadíssimo.
    No começo desse ano fui ver Foo Fighters (minha banda preferida) pela primeira vez na vida depois de muita espera, e bom… o show foi no morumbi, eu tava na pista e na minha frente parece que TODO mundo tava com o celular pra cima, filmando, e sem prestar atenção.
    Estavam atrapalhando todo mundo que tava atrás (inclusive eu, que fiquei irritadíssima, haha) fiquei me perguntando qual a graça de você ir num show pra filmar ele inteiro e assistir só no celular depois (porque o show mesmo vai ter perdido) – e tipo, isso não era só o pessoal da minha frente que tava fazendo, pra qualquer lugar que eu olhasse tinham vários celulares levantados… Não que seja errado registrar o momento e tals, mas tem uma diferença absurda entre tirar uma foto (ou filmar um pedacinho da sua musica preferida) e filmar basicamente o show inteiro.
    Enfim, no final eu chorei, cantei e pulei muito, virou um dos melhores shows da minha vida. (mesmo que tenha 5 fotos dele ou menos) – mas a qualquer momento que eu queira relembrar ele, eu posso entrar no YT e ver as filmagens oficiais que são maravilhosas – e lembrar do sentimento que tive na hora que determinada música tocou. Esse gostinho de “vivi” a coisa é muito melhor, né?

    • Maki  em setembro 26, 2015

      Kah, super concordo com você. Eu fico bem irritada com isso, quero ver o show e tem mil câmeras na minha frente! Nesse último show eu tirei zero fotos (deixei meu celular na chapelaria mesmo) e aproveitei o máximo que pude! Foi engraçado ver que a pessoa que foi comigo ficou com o celular na mão o show inteiro, mandando áudios pra um grupo e gravando partes do show. Acho que isso atrapalha mesmo o aproveitamento. Mas enfim, o que importa é a gente a criar a experiência e sair de lá com esse gostinho de ‘vivi’ mesmo!

  4. jo coeli  em setembro 25, 2015

    Oi Maki,
    Eu estava pensando isso estes dias…os mOmentos passaM e a gente se preocupou demais em registrar E, não EM guardar Aquele momento, com uma experiência única.tEREMOS QUE RE-APRENDER! BJS.

    • Maki  em setembro 26, 2015

      Oi, Jo!
      Pois é, eu concordo. A gente fica preocupado demais em registrar e esquece do que tá acontecendo bem na nossa frente, né? Bora mudar isso aí!