Vou contar um segredo para vocês (que talvez não seja tão segredo assim): 2014 foi um ano do cão. DO CÃO. Vi no Twitter de uma amiga e achei a frase bem justa para o que foi esse último ano: um eterno inferno astral. Sério, não estou exagerando (tanto assim) dessa vez.
Então, é com muita alegria no coração que eu dou adeus a esse ano do cão (aliás, de onde vem essa expressão? ‘Do cão‘? E porque ela é tão negativa? Nunca entendi!). Eu já passei por anos ruins antes, não me entendam mal, mas esse se superou. Principalmente porque ele não foi tão ruim por fora, mas, sim, por dentro. Faz sentido isso?
O maior problema desse ano não foi tudo o que aconteceu externamente, apesar de muitos fatores terem colaborado ao longo do tempo, mas o pior foi tudo pelo qual eu passei internamente. Como uma pessoa que somatiza muito o que sente, era de se esperar que uma hora a bolha explodisse. E ela explodiu mesmo, da pior maneira possível. Depois de ter a certeza de que tinha me encontrado no mundo, me perdi de novo e me perdi tanto que estava certa de que encontrei um alçapão lá no fundo do poço. Cheguei tão fundo que, por um tempo, eu podia garantir que não ia voltar nunca mais.
E, como não poderia deixar de ser, um ano tão tumultuado com esse (Susan Miller culpa Saturno e eu também) me trouxe muitos ensinamentos. O primeiro foi que: quando eu mais precisei uma mão foi estendida. Não só uma, mas várias. Não vou citar nomes (#quedeselegante), essas pessoas sabem muito bem quem são. Segurei nessas mãos como se fossem a minha única ligação com a vida, e, muitas vezes, elas foram mesmo. Essa foi uma lição linda de se aprender. Sempre tem alguém disposto a ajudar. SEMPRE.
A segunda lição me veio como um tapa na cara com um extintor de incêndio: é preciso saber quando pedir ajuda. Todo mundo tem problemas e cada pessoa lida com uma batalha diferente, todos os dias. Você acha que as pessoas não prestam atenção em você, mas, às vezes, elas nem sabem o que está acontecendo porque estão envolvidas no seu próprio drama. Entendi que é preciso pedir ajuda e que isso não é sinal de fraqueza, mas de força. Tudo bem se você não consegue resolver ___________ (insira o seu problema aqui) sozinho. Ter uma perspectiva diferente sobre o assunto é muito bom e pode ser essencial.
A terceira e última lição mais importante que eu aprendi é que nada muda se você não quiser mudar. É muito clichê, eu sei, mas é verdade. Aprendi isso na pele quando eu me vi numa encruzilhada. Precisava decidir se saía de vez do alçapão ou se continuava lá sozinha. Por mais mãos que aparecessem para me ajudar, de nada adiantaria se eu realmente quisesse continuar triste contanto os tijolos da parede no meu alçapão úmido. A gente só sai do lugar quando quer. Quem quer arranja um jeito, quem não quer arranja uma desculpa. Nunca foi tão verdade para mim. E, cara, como eu quero mudar. Tanto que já estou mudando. Não é fácil, nem uma coisa que acontece da noite para o dia. Mas tudo bem, levo isso um dia por vez. E é lindo.
Sim, gente, 2014 foi um ano do cão. Mas também foi um ano de muitas mudanças. Algumas começaram ainda no ano passado, mas eu estava muito ocupada me preocupando com outras coisas para perceber. Só reparei mesmo quando esse ano chegou e eu olhei para cima tentando entender o que aconteceu. E, de novo, tudo bem. Isso faz parte. Eu precisava chegar onde cheguei para aprender e, enfim, seguir em frente.
Espero, de coração, que o ano não tenha sido tão difícil para vocês também, mas, se foi, saibam que vocês não foram os únicos que passaram por dificuldades. E fica aqui o meu desejo por um 2015 maravilhoso, começando já a meia noite, cheio de realizações, de sorrisos e risos, de amor, de carinho, de amigos com mãos estendidas, com motivação que dure além da primeira semana de janeiro e de lembranças felizes.
Vem, 2015! Nunca esperei tanto por você <3
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2 Comentários
[…] rabanadas, tender, peru, lentilha, dinheiro embaixo do prato, risadas e mil desejos? Tudo bem que eu não quero o retorno de 2014, mas vamos combinar que é bom demais essas comemorações […]
[…] 2015 chegou! Passei a última semana e meia, mais ou menos, repensando muito o meu último ano; 2014 não foi nem um pouco fácil e são tantos os motivos que não tem nem como explicar por aqui o porquê sem criar um daqueles […]