vou confessar uma coisa pra você: a última semana foi puxada. não, eu não tive mais trabalho do que o normal, antes que você me pergunte (o que faria super sentido). mas acho que foi uma junção de muita coisa na cabeça com uma rotina que já vinha puxada depois de um processo de mentoria, na falta de palavra melhor, porreta.
eis que surgiu, mais uma vez, Rowena Tsai na minha vida com um vídeo incrível que me abriu os olhos pra uma coisa: a quantas anda o meu nível de energia? eu juro que nunca tinha pensado diretamente sobre o assunto, mesmo o Dr. Kshirsagar falando só sobre isso praticamente o tempo inteiro em Mude Seus Horários, Mude Sua Vida.
depois, foi a vez do Lucas Planeja falar sobre isso num áudio que ele mandou no grupo de Telegram dele na segunda passada, explicando sobre onde focar a sua energia, no sentido de onde colocar os seus esforços.
no fim, eu senti um monte de coisas. coloque aí nesse mix uma conversa que foi uma verdadeira porrada existencial (no bom sentido) e, voilá, a semana puxada completa, com cereja no topo e tudo.
deixando um pouco de lados os sintomas físicos que isso gerou (o famoso cansaço), eu me vi questionando muitas coisas e pensando em como eu faço pra parar de dividir a minha energia entre mil coisas e colocar o foco no que precisa mesmo, sabe? nisso, acabei separando esse assunto em duas partes:
1.como anda o seu nível de energia?
foi quando eu percebi que tava acordando bem cansada. primeiro ponto, né? tudo bem que agosto foi um mês puxado, mas, ainda assim, não tinha porquê acordar tão cansada como tava acontecendo. fiquei de olho nisso.
depois, tinha o seguinte: o Kshirsagar fala muito no livro dele que têm alguns períodos do dia em que a gente tem mais energia em relação aos outros. o período entre 10h e 14h é um deles, e eu me liguei que tava usando essa janela energética pra fazer coisas que não necessariamente precisam do nível de energia que eu tinha disponível. tipo organizar uma planilha, agendar redes sociais, até estudar o coreano. coisas que eu poderia fazer, sim, tranquilamente, mais tarde ou mais cedo do que isso, quando a energia não tá no pico.
por fim, mas não menos importante, o óbvio: eu tava gastando uma quantidade de tempo absurda no celular e comecei a reparar que ficava extremamente agitada depois de olhas as redes sociais. mas é um vício, né? essa coisa da gente ficar scrollando sem fim por qualquer uma das redes só pra ocupar o tempo ou se distrair de alguma coisa. e, sim, tava deixando muita energia ir embora nessa brincadeira.
a solução que eu encontrei pra reverter isso foi:
- investir em pequenos rituais pra desacelerar antes de dormir (tipo fazer a rotina de skincare bonitinha, colocar uma música relaxante, ler…);
- voltar a deixar o celular longe até a hora de começar a trabalhar (a quarentena / pandemia me fez relaxar nesse aspecto);
- mexer na organização do dia e deixar as tarefas mais “robustas” (como revisão de textos e redação de matérias) pro período entre 10h e 16h.
junto com isso, fui atrás de um estímulo mental pra me ajudar a concentrar mesmo no que precisava fazer, e me apaixonei pelos vídeos study with me. coloco um de uma hora pra tocar e consigo me manter super concentrada. então, YAY!
2.onde você investe a sua energia?
eu sei que isso aqui pode parecer redundante, mas eu juro que não é. quando o Lucas Planeja mandou o áudio dele, ele tava falando sobre o Bob Iger, o CEO da Disney, que falou numa aula como ele tinha só três focos de investimento de energia pro crescimento da empresa. isso mesmo, três. e é A DISNEY.
eu percebi que a minha energia tava super pulverizada. e, sim, o meu uso das redes sociais tinham tudo a ver com isso, mas tinha uma questão principal que é: eu tava com a impressão que sempre caminhava horizontalmente com o meu trabalho e não verticalmente. e o que é isso? investimento de energia. pois é. querer fazer tudo ao mesmo tempo não funciona e eu posso provar.
e, sabe, isso se reflete em muitas outras coisas, o trabalho é só uma delas. mas essa energia dividida sempre dá uma sensação de que você nunca tá por inteiro nas coisas, e isso é horrível. acho que é isso que tem me deixado incomodada também. aqui, essa energia tem que ser colocada toda no que eu to fazendo e não rachada em duas ou três partes diferentes pra dizer que tô dando conta de tudo.
isso significa que eu tô fazendo um trabalho de investir a minha energia (toda ela) em coisas que eu acredito de verdade. por exemplo:
- a minha relação com as pessoas (e não com o celular enquanto eu tô com as pessoas);
- o meu trabalho (que engloba o desancorando, claro);
- os momentos de descanso.
isso me dá uma paz no coração, sabe? as soluções que eu bolei pra esse segundo ponto ainda estão sendo implementadas (acho chique falar assim, hehe), inclusive no âmbito emocional / existencial! mas até agora pensei em organizar melhor a minha produção de conteúdo e fazer o que eu quero fazer mesmo.
ufa! acho que esse período em casa, por mais complexo que seja, me ajudou a prestar mais atenção em mim e na forma como eu me porto, como trabalho e até como cuido de mim. não é sobre produtividade, sabe, é sobre uma rotina eficiente e com afeto, que reflete o que eu sinto e quero pra minha vida.
como anda o seu nível de energia? há alguns meses eu postei dois planners por aqui, um para rituais da manhã e outro pra rituais noturnos, que ajudam a gente olhar pra isso mais de pertinho. acredite, eu usei os dois nesse período de loucura e foi muito importante! ❤️
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6 Comentários
Minha energia está bem escassa, mas seu post me ajudou bastante. Obrigado.
Bom fim de semana!
OBS.: O JOVEM JORNALISTA está de volta com novos posts. Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
brigada você, Emerson 🙂
Faz muito sentido, especialmente refletir sobre as atividades em que ando investindo a minha energia. Eu estou tentando usar meu tempo de tela de maneira mais consciente, pra me ajudar a crescer, me entender, pq senão… Me perco em um buraco negro de capivaras brincando com laranjas e depois não sei onde enfiei meu tempo de descanso. Acho engraçado, que às vezes eu tenho uma janelinha pra descansar de uma hora e ao invés de desacelerar, eu me sinto “obrigada” a continuar fazendo mil coisas, mesmo que a grande maioria delas nem é tão útil assim HAHAHHA fica aí o exemplo das capivaras, sendo que eu podia tomar um banho, nutrir meu corpo com algum snack saudável, fazer uma caminhada.
Esse tempo de quarentena pode ter sido muito ruim em alguns aspectos, mas um ponto positivo é me forçar a pensar sobre quem eu sou e o que pode beneficiar a minha vida de alguma forma.
Adorei o post e obrigada por ter indicado nós comentários !
Thais, eu amei o “capivaras brincando com laranjas” e tive que me segurar muito pra não dar uma busca por isso imediatamenteee!
mas é isso, quanto mais consciência a gente coloca sobre as coisas que faz como que usa o nosso próprio tempo, melhor pra gente sabe? produtividade tem a ver com as nossas necessidades e não com quantidade de trabalho feito no menor tempo. sabe?
Encontrei seu blog por meio de um post de 2016 que vc diz que ama escrever e ao mesmo tempo odeia.
Me identifiquei muito com tudo o que vc disse.
Também escrevo fanfics e amo passar horas escrevendo e revisando um simples capitulo de 2500 palavras. Mas as vezes odeio por conta da cobrança e perfeccionismo que crio em cima de algo que era pra ser simples.
Vou deixar seu blog nos meus favoritos pra eu sempre ler.
Obrigada por escrever.
Regiane, fico tããão feliz de saber que os posts te inspiram de algum jeito! brigada por isso! e continue escrevendo! suas palavras importam <3