detalhe: levando o carinho no pescoço

tem algumas coisas que eu sempre levo comigo (além de uma peça jeans que é praticamente a base do meu feed no Instagram): é um colarzinho que fica no pescoço, junto com o meu escapulário. ele é novo, sabe? novinho, novíssimo, eu recebi tem só alguns dias, mas já virou uma das minhas coisas preferidas.

preferido, porque é um lembrete diário que eu levo no pescoço da minha função no mundo. ele é um lembrete da minha meta, do que eu vim fazer aqui nesse mundão doido. nele tá escrito assim: cuidar, servir e amar até cada gota voltar ao mar. e ainda tem uma gotinha azul pra complementar, sabe? é muita delicadeza ♥.

essa é uma peça muito carinhosa – desde a frase até a confecção. quem fez foi a Carol Altoé, que além de uma mestra das joias lindas, também é minha tutora lá na Coexiste. aliás, esse colarzinho é um treino porque conseguiu, tão lindamente, resumir em algumas palavras o que eu tenho pra fazer por aqui.

eu nunca fui de usar muitos acessórios, sabe? não mesmo. na verdade, até tentei por um tempo, encher a mão de anéis, usar um relógio bonito, até colocar alguns brincos… mas os anéis nos dedos incomodam porque eu passo o dia digitando. o relógio também. eu tenho alergia a brincos, então é usar por dez minutos pra orelha ficar coçando e ardendo, toda vermelha e inchada. prefiro não.

curiosamente, eu também sempre tive alergia no pescoço (mas menos do que nas orelhas) e muitos colares me deixavam toda empipocada – principalmente se tava calor e eu suava um pouquinho na parte de trás do pescoço (o que não é incomum no país Brasil, né?). mas não tive nada com nenhum desses dois colares, nem com o bonitinho da frase salvadora, nem com o escapulário que já anda sozinho de tanto que eu uso.

tem horas que tudo o que a gente precisa são pequenos lembretes que funcionam como uma bússola pro caminho de volta. pra mim, esse colarzinho é igual aqueles neons brilhantes que piscam, me indicando pra onde eu tenho que ir. é uma senha pra eu lembrar de mim e lembrar os outros deles mesmos também. coisa mais bonita, essa.

cada um de nós é uma gota que precisa voltar pro mar, sabe? a gente só esqueceu isso e tá por aí crente que a gota consegue viver separada das outras. nada, menina. besteira. uma hora a gente vai voltar. e quanto mais sinais a gente encontrar por aí indicando o caminho, melhor, né?

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