detalhe: o foninho cor-de-rosa mais querido de todos os tempos

eu tenho um foninho cor de rosa. você já deve ter visto ele por aí. nas fotos do Instagram, no Stories ou até daquela vez que me viu na rua e preferiu não me dar ‘oi‘ (ei, eu te vejo, viu? ♥). eu gosto tanto desse foninho, que prefiro ele ao fone que veio junto com o celular, só porque ele é rosa e bonitinho e todo mundo sempre elogia.

história engraçada, a desse fone (aliás, eu tô cheia de histórias engraçadas, né?). no ano passado, eu passei uma semana no Rio de Janeiro, a trabalho. foi uma delícia, eu tomei café da manhã no Parque Lage, comi biscoito Globo e passei muito calor. dei muita risada também e peguei uma intoxicação alimentar. eu sei que parece muito mais trágico do que a realidade, mas eu sempre penso nessa viagem com um certo carinho (mesmo quando lembro da noite que eu dormi no chão do banheiro, porque tava passando mal).

enfim, nessa viagem, o outro foninho que eu tinha quebrou. deu aquele problema de um dos lados parar de funcionar e ele também tava me dando um choquinhos estranhos e eu achei que era hora de aposentar o menino de vez. no aeroporto, na volta pra casa (era uma sexta-feira, tipo 20h da noite!), eu parei numa lojinha dessas cheia de coisas, meio livraria, meio loja de conveniência, meio temos-tudo-o-que-você-esqueceu-em-casa. sabe do que eu tô falando, né?

então, lá fui eu passar o tempo olhando as coisas na lojinha e tava ele lá, lindão, o fone cor-de-rosa da Phillips. na hora pensei ‘eita, não dá pra ficar sem fone aqui, né? o que que eu vou fazer durante essas quase quatro horas até chegar em casa?‘ (lembrando que dura só 45 minutos o voo Rio-SP, mas eu tenho uma tendência a ser ansiosa e chego sempre com muita antecedência no aeroporto). pois bem. comprei o menino, sem pensar muito no que viria dali, só que eu achei ele bonitinho e o preço tava bom e eu queria muito ouvir um pouco de música pra silenciar o barulho do aeroporto (e do voo que atrasou quase uma hora).

pois bem. não tem um dia que passa sem alguém comentar comigo do tal foninho. ‘que lindinho que é‘. ‘esse fone é tão gracinha‘. ‘ele combina tanto com você!‘. pois é, eu também acho, por isso que faço questão de usar o tempo inteiro, todo o tempo, mesmo o cabo tendo desbotado um pouquinho depois de um ano de uso (a gente supera, porque ele continua lindinho e as pessoas continuam gostando).

então, sim. essa é a história do foninho. bem assim mesmo, cheia de ‘inhos‘, de horas a mais no aeroporto, de ‘que fone bonito, esse‘ e de ‘você deve ser a única pessoa que eu conheço que usa o adaptador de fone pra celular‘. e devo ser mesmo, porque eu faço questão de continuar usando o bonito, mesmo a entrada do iPhone sendo diferente e eu tendo que usar a ‘minhoquinha‘ pra ele encaixar.

mas tem coisa que a gente faz mesmo só porque as pessoas gostam, né? uma delas é usar um fone cor-de-rosa todos os dias. pra ouvir música, pra falar no telefone (quem tem paciência de segurar o telefone na orelha, hoje em dia?), até pra assistir um vídeo com alguém que a gente ama.

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