Como trabalho na área de entretenimento, estou bem ligada nos filmes que vão concorrer ao Oscar este ano. Entre eles, tinha um que eu queria muito ver não só por conta dos milhares de comentários positivos, mas também por causa do elenco: A Teoria de Tudo.
O filme conta a história do relacionamento de Stephen Hawking com sua primeira esposa, Jane. O interessante é que os dois se conheceram antes de o físico ficar permanentemente preso à uma cadeira de rodas por conta da esclerose lateral amiotrófica.
É realmente estranho ver Stephen como uma pessoa com uma vida relativamente normal, andando de bicicleta e indo à festas, pulando da sua cama no dormitório da universidade, quando a imagem que se tem do físico é a dele na cadeira mecânica.
Eddie Redmayne está simplesmente fantástico no filme. No papel de Stephen, o ator faz o queixo de qualquer um cair com a atuação, principalmente nas cenas em que mostra o personagem passando pela transição de sua doença, perdendo o movimento das pernas e a fala. Eu fiquei muito maravilhada com a atuação, ainda mais porque em boa parte do filme ele quase não tem diálogos. A expressão facial faz tudo e ele dominou isso muito bem. Com certeza merece a indicação ao Oscar que recebeu!
Felicity Jones interpreta Jane, que, na vida real, escreveu o livro que deu origem ao filme. Por isso, é de se esperar que as teorias físicas e matemáticas fiquem um pouco de lado para dar mais espaço ao relacionamento dos dois. Honestamente, não sei se gostei tanto assim da atuação da Felicity porque, para mim, ela ficou com a mesma cara o filme inteiro.
No geral, achei A Teoria de Tudo lindo de viver. De verdade. É emocionante e muito legal ver a forma como o Stephen, mesmo com todas as dificuldades, tenta manter o máximo de proximidade com a família. As limitações dele são meramente físicas, o cérebro se manteve intacto com a doença, então eu só posso imaginar o quão difícil é tentar brincar os filhos, saber quem eles são, reconhecê-los e não ter a capacidade motora para fazer isso.
O filme, claro, romantiza muito da história, até porque a ideia é criar uma trama que emocione e que, mais importante ainda, consiga uma boa bilheteria. mas acredito que o diretor James Marsh fez um trabalho lindo com a história original. O filme tem cenas que são visualmente maravilhosas e acredito que a caracterização do Eddie está incrível. Aliás, já deu para perceber que eu arrasto um caminhão por ele, né?
Como disse, vendo o filme no geral, eu adorei. Ele é realmente muito lindo e é muito interessante ver toda a complicação do relacionamento do Stephen com a Jane. Afinal, a expectativa de vida do físico era de dois anos, mas eles ficaram juntos por 25. A história dos dois, claro, é muito bonita, mas também triste, porque a Jane não só tem que cuidar do marido, que fica cada vez mais debilitado, como também dos três filhos do casal. Entra aí Jonathan, papel de Charlie Cox, o professor de coral que faz as vezes de cuidador do Stephen e se apaixona pela esposa do professor. Ela, claro, retribui os sentimentos e a relação dos dois mostra o começo do fim do casamento de Jane e Stephen.
Vale muito a pena ver, principalmente por conta do Eddie. Não consigo elogiar esse cara o suficiente! O filme é ótimo e tem uma trilha sonora maravilhosa, composta por Johann Johannsson, e que eu julgo que também vai levar uma estatueta para casa (se bem que eu sou péssima com esse bolões de Oscar!).
Alguém já viu e gostou?
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2 Comentários
Assisti e recomendo!
muito bom!
Oi, Caio! Também achei o filme ótimo!