como ter uma rotina organizada

eu tenho pensado muito sobre como ter uma rotina organizada nas últimas semanas. principalmente, sobre como a minha própria rotina parece organizada, mas não é. sabe aquela coisa de caos controlado? então, o meu dia a dia anda meio assim.

e não é que eu não tenha uma rotina. eu até tenho e a sigo relativamente bem. a questão é que ela não necessariamente reflete o que eu busco sentir nos meus dias, sabe?

tipo, no meu dia a dia eu quero ficar confortável, tranquila, quero ter tempo pra fazer o que eu gosto, pra fazer o trabalho com calma e não deixar tudo atropelado. a rotina tem que ser nossa amiga, entende?

só que nem sempre a gente pensa a rotina com isso em mente e acaba adquirindo um monte de hábitos que levam a gente pro lado contrário (tipo passar o dia comendo as bolachas que tem no trabalho sendo que eu sou intolerante a trigo e lactose – é um hábito que hoje faz parte da minha rotina, saca?).

e, aí, eu entendi uma coisa: criar uma rotina amigável depende 200% de você conhecer você mesmo direitinho. tipo, não adianta colocar lá no seu habit tracker os hábitos que você quer desenvolver se eles não condizem:

1. com o que você quer pra você de verdade;
2. com o tempo que você tem disponível.

parece óbvio, né? mas, às vezes, a gente tem o costume de mascarar o óbvio de um jeito que fica difícil mesmo de ver o que tá rolando de verdade. mas pro óbvio voltar a ser óbvio, a gente tem que se colocar num papel de observador.

tipo cientista olhando no microscópio.

por isso, eu tenho me observado muito durante os dias, pra aprender sobre mim mesma e tentar entender porque eu faço as coisas do jeito que faço. sair do automático, entende?

aliás, dia desses conversei com uma pessoa super fofa pra uma matéria e ela explicou como esse exercício faz parte da prática de mindfulness.

olha só, tava praticando isso e nem sabia.

mas é trazer pro consciente coisas que a gente faz no automático. só que eu sinto que ainda vou um passo adiante: observando muito bem o que eu tô sentindo enquanto tô no automático.

porque, de fato, comer bolachas mil entre as refeições não me faz bem, mas me mostra o meu estado de espírito. 99,9% das vezes, eu tô tentando compensar uma ansiedade ou um nervoso ou só uma sensação meio de histeria e empolgação mesmo.

só que comer bolacha não vai resolver o que eu tô sentindo, né?

enfim, como amarrar tudo isso? como ter uma rotina organizada, de fato? o primeiro passo é conhecendo mais sobre o jeito como eu funciono, e ir adaptando o meu dia a dia segundo esse conhecimento sobre mim.

eu posso seguir quantos tutoriais quiser sobre esse assunto, mas eles não vão adiantar se eu não tiver clareza sobre o que eu busco nos meus dias e o que me leva a agir de uma certa maneira, entende?

a rotina é fruto do conhecimento que você tem sobre você.

se você não se entende, provavelmente vai montar a rotina segundo um monte de condicionamentos que não necessariamente te fazem bem.

é claro que, aqui, a gente tem que considerar um monte de coisas, principalmente o contexto onde você tá. é bem provável que eu e você tenhamos mais oportunidades de olhar pra tudo isso do que muita gente. mas nada impede que a gente use a nossa demonstração disso pra ensinar o máximo de pessoas possíveis e criar uma corrente de mudança mais efetiva.

sabe essa coisa de a gente atrai o que emana e tudo mais? exatamente isso.

então, acho que a ideia é você sair desse post com uma lição de casa. antes de encher o seu habit tracker com hábitos que você quer colocar no seu dia a dia, se observa. procura entender o que você gosta e o que não gosta, e tenta ver o que você sente com tudo isso. e, aí, a gente vai atrás de organizar o que precisa ser organizado, mudar o que tem que ser mudado e montar uma rotina mais confortável pra gente.

entendeu?