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maki emo punk rock

eu já devo ter comentado mais de uma vez por aqui sobre a época em que eu era ~jovem~ e tinha uma queda pelo lado negro da força. entenda: eu ouvia muito punk rock, amava um bate cabeça (apesar de só observar à distância, porque eu morria de medo de entrar na roda) e tinha um quê por munhequeiras quadriculadas, cintos de spike e tênis All Star de cano alto (esse amor continua, como vocês bem sabem).

daí rolou meio que uma conversa com a Lominha e a Mel sobre quais seriam os temas do detalhes desse mês, né, e quando a gente lembrou que tinha um post que ainda não tinha saído, de músicas da nossa adolescência, eu fiquei muito empolgada e meio receosa ao mesmo tempo.

sim, rolou um certo “o que será que as pessoas vão pensar do meu gosto musical?“.

mas isso caiu por terra já nos primeiros acordes de The Rock Show, uma das minhas músicas preferidas do Blink 182, e eu me lembrei de como eu gostava mesmo de todas essas músicas e da energia das guitarras e fui automaticamente transportada para uma época em que passava boa parte dos meus dias com os fones de ouvindo, escutando os meus CDs gravados e lendo fanfics.

pois é. eu era muito emo.

(e quem viu aquela pérola do meu antigo fotolog sabe bem que é verdade.)

sei lá. quem me conhece hoje e vê o meu amor por k-pop, bullet journal e coisas fofinhas, não deve conseguir encaixar uma Maki emo e punk no meio dessa mistura, mas acho que isso é o mais legal. por um tempo, eu tinha certeza que só gostava disso e deus me livre ouvir qualquer coisa que não fossem as minhas músicas incompreendidas na última altura. hoje, eu vejo que gosto disso e de tantas outras coisas que são tão incríveis quanto The Hell Song, do Sum 41, que mal começa e eu já quero sair pulando por aí.

pra ser sincera, eu nem sei muito bem como esse meu gosto começou. só sei que depois da fase Sandy & Junior eu fiz de tudo pra ser como a minha prima clubber (quem lembra das milhares de pulseiras coloridas que a gente usava no braço?) e voltei às origens ouvindo um pouco do rock que o meu pai escutava alto quando eu era pequena até cair no Hangar 110 num show do Carbona em plena quarta à noite.

na época, essa coisa meio adolescente incompreendida (pra não dizer depressiva) combinava muito bem comigo e o que eu não fazia de mal comportamento para uma pessoa da minha idade, eu compensava passando a maior parte do tempo no meu quarto, ouvindo música e lendo ficção na internet.

não posso dizer que muita coisa mudou, mas ao mesmo tempo, tudo mudou.

ouvir essa playlist (que você também pode ouvir e ter um momento nostalgia junto comigo), me deixou com um sorrisinho no rosto e uma sensação de “ainda bem que isso passou“. daquela época, eu trago comigo só o gosto musical mesmo, porque passar as tardes sozinha, ouvindo músicas nervosas pra compensar a tristeza que eu sentia não combina mais comigo e tá bem longe de representar quem eu sou de verdade.

na real, pensando aqui com os meus botões, eu acho que me sinto mais jovem hoje do que aos 15 anos, quando eu só conseguia pensar em uma inutilidade constante que cercava as coisas que eu fazia e numa pose de boa filha que é digna dos anos 1910. sei lá. se a gente parar pra olhar, de que ano é a nossa mentalidade, né?

divagações à parte, por mais confusa que aquela época tenha sido, foi legal ouvir todas essas músicas de novo e lembrar das coisas que eu passei, os shows que eu fui lá no Anhangabaú e todas as tardes de sexta que eu passei entre os docinhos japoneses na Liberdade e os roqueiros na Galeria do Rock. lembrei da minha coleção de camisetas de shows (que, infelizmente, faleceu depois do 20º), de todas as vezes que eu usei a minha saia xadrez à la Avril Lavigne e dos dias que eu ficava lendo romances, toda sonhadora, enquanto parecia durona com os meus fones de ouvido, a meia arrastão e o lápis de olho preto. a própria harajuku gótica.

então, é isso. taí a minha playlist de músicas da adolescência, todas que eu ainda amo, ainda escuto e ainda lembro do quanto eu adorava cada um desses CDs e levava o peso todo na mochila da escola pra voltar pra casa ouvindo tudo no meu discman. eu tinha a mania de andar pela cidade com os amigos (ou sozinha), passar horas e horas nas livrarias da Paulista, lendo tudo o que eu podia e tomando alguma coisa gostosa sempre que podia.

nada mudou, mas tudo mudou.

ainda bem.

no mais: McFly segue sendo minha banda favorita da vida. eu nem sei por onde começar a dizer o quanto Fall Out Boy continua maravilhoso demais e uma das bandas mais maravilhosas que eu já ouvi, e quase chorei quando ouvi There Is, do Box Car Racer. meu Deus, como eu amava (amo?) essa música.

este post faz parte do projeto detalhes, uma blogagem criativa criada por desancorando + sernaiotto + serendipity  saiba mais sobre o projeto clicando aqui e confira os posts já publicados aqui.

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Escrito pelaMaki
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15 Comentários
  1. Stephanie Ferreira  em agosto 11, 2018

    Tem um gosto musical MUITO parecido, vamos ser amigas? MCFLY É A MINHA BANDA FAVORITA DA VIDA INTEIRO #TeamFletcher <3 <3
    Amo DEMAIS!

    • Maki  em agosto 17, 2018

      MCFLY É A MINHA RELIGIÃO!

  2. Eva Camargo  em julho 26, 2018

    Que baita playlist, ein!
    Bom, se fosse analisar a minha teria nickelback, linkin park, um tico de avril, luan santana (meu deus, sou da época de meteoro e é isso que eu quero que me atinja ao revelar isso! kkkkkkkkkkk ~risos nervosos~)
    Épocas remotas, eu diria. Mas, a Eva de ontem teria orgulho da Eva de hoje, inclusive se fizer uma análise das duas playlists! haha

    Beijos
    Com amor, Eva.

  3. Divana  em julho 17, 2018

    Maki, acredito que todo mundo teve uma fase emo desssas. Eu tive e me dá muita nostalgia.
    Quando você citou Blink182, quase pirei aqui, hahaha. Deu uma vontade gigante de escutar todas as músicas dele novamente. E o mais interessante é que algumas ainda fazem parte do meu dia a dia, mas em bem menor escala, com uma pegada diferente.

    • Maki  em julho 27, 2018

      sim! eu acho legal que a gente usa isso como motivação pra lembrar dos momentos bons que a gente passou ouvindo essas coisas, sabe? é tão incrível! <3

  4. Loma  em julho 17, 2018

    Amei a sua playlist e me identifiquei bastante com seu post, sabe? A gente teve muitas fases ao longo da vida e eu tava até na dúvida sobre qual playlist eu deveria compartilhar: as da minha época de animes? As da minha época em que andava de skate? As da minha época punk/rock de bate cabeça (eu também tive esse época, Kurt Cobain era meu ídolo)? Mas eu acabei escolhendo uma playlist que foi muito importante para me moldar no que sou hoje e que aqueceu meu coração. Acho que você fez o mesmo e pouco importa o que as pessoas vão achar do seu passado e seu gosto musical: todas as nossas experiências nos transformam e essa com certeza foi muito importante pra você! E QUE DELICIA OUVIR BLINK 182 DE NOVO! hahahaha

    • Maki  em julho 27, 2018

      BLINK 182 MELHOR BANDA, GENTE. sou muito fã até hoje hehehe
      “todas as nossas experiências nos transformam”: é por isso que você é a minha musa ❤️

  5. Emilly Oliveira  em julho 16, 2018

    amei a playlist e me identifiquei MUITO com o post! E acho que todo mundo passou ou está passando por essa fase mais emo né. Eu lembro que passei a ouvir músicas góticas por causa de uma letra do Evanescence no livro de literatura da minha prima e tinha gostado daquele estilo. Na sexta série, muito ansiosa para que chegasse o dia em que eu iria começar a estudar literatura gótica na escola. E numa época eu tinha aquelas paixões de infância por um garoto da sala, ele era fã da Avril Lavigne e eu virei fã dela só por causa dele.

    Mesmo gostando de uma cantora por causa de um garoto, eu agradeço muito por isso. Me interessei mais por música. Meu estilo de música hoje não é nada parecido com aquela época. O legal é que a gente passa por vários estilos né até chegar a fase adulta e gostar de muito mais músicas.

    • Maki  em julho 27, 2018

      sim! nossa, Emily é isso mesmo! independente do motivo, foi uma porta de entrada pra uma relação muito maior com a música, né? e isso é incrível!

  6. Grazy Bernardino  em julho 16, 2018

    Avril Lavigne me lembra tanta coisa! Uma fase bem complicada, que na real eu que complicava. Muitos me achavam Emo, mas sabe que nunca me senti parte de tal grupo?
    Adorei o post nostalgia.

    • Maki  em julho 20, 2018

      ahahahahah entendo,é meio isso mesmo. nem era tão complicado quanto parecia, né?

  7. Claudia Hi  em julho 16, 2018

    Olha, só banda boa Maki! Quando o emo chegou eu me mantive na cena punk rock rs mas tive minha fase clubber. Ainda bem que não tenho fotografias daquela época haha Acho fascinante como a gente muda só com o tempo né?

    Agora que eu lembrei, conheci seu blog quando você fez um post comentando do Mcfly, depois não saí mais daqui!!! Viu que o Danny tá com carreira solo?

    • Maki  em julho 18, 2018

      MENINA, VI E TÔ APAIXONADA! eu amo o Danny de um tanto… mas queria mesmo era que McFly parasse de me iludir e lançasse logo o álbum 6 (sonho meu)

  8. Andi  em julho 14, 2018

    MAKI DO CÉU! Quando tu escreve sobre sua adolescência eu praticamente me vejo, sério. Não que eu tenha saído da adolescência há muuuuito tempo, mas com uns 11, 12 anos eu era exatamente assim! Ainda amo de paixão fanrics e rock, mas com a cabeça mais no lugar hahaha

    • Maki  em julho 14, 2018

      ahahahahah tamo junto nessa. eu amei essa playlist de um tanto… que tá no loop desde que criei huahauh