para considerar as palavras que eu escrevo

eu tô com este post da Rebecca aberto tem umas duas semanas, pensando sobre como é possível continuar blogando quando a sensação é que eu fui engolida por uma crise criativa que não sai de mim nunca. já fiz divagações sobre o assunto, já pensei em estratégias, até já imaginei (por um milésimo de segundo, que me doeu mais do que pedra nos rins) em largar tudo e parar com essa brincadeira toda.

mas não dá, sabe. pelo menos por enquanto, blogar faz parte da minha vida e eu não consigo nem imaginar direito o que seria de mim sem os meus textões e sem essa conversa incrível que eu tenho com você (apesar de atrasar, sempre, em responder os comentários – me perdoa e não desiste de mim, tá bom?).

voltando um pouco no post da Rebecca, e pegando o gancho da última newsletter do Vitor (beijo, seu maravilhoso!), eu fiquei pensando esses dias sobre como é impactante ouvir que uma coisa que você faz – e que pra você é tão banal – impacta a vida de alguém. e acho que pelo menos uma vez por dia alguém vem me falar que os meus textos fazem com que ele se sinta melhor, com uma esperança que cresce todos os dias no coração. eu não tenho muita certeza de onde tô indo com isso, porque vocês sabem o quanto eu posso ser prolixa, às vezes, e as ideias se perdem na minha própria cabeça, mas acho que talvez a minha meta de julho seja essa: levar a minha escrita mais a sério.

sabe aquilo que eu falei sobre levar as pessoas que lêem a gente mais a sério também e como a escrita também é arte? então. me peguei no pulo, falando coisas que eu não praticava ainda, apesar de entender com muita clareza que essas palavrinhas que eu digito a 30 quilômetros por minuto são a minha melhor ferramenta para chegar até você. pra gente se comunicar e lembrar de ficar junto, sabe?

então, sei lá. também inspirada pelo post incrível da Rebecca (não canso de admirar, meldels), eu decidi criar um pequeno manifesto sobre o que vai ser o desancorando daqui pra frente, e como eu pretendo fazer isso:

1. escrevendo o que quero ler: sabe essa coisa de fazer o que você tem vontade de consumir e que dá um quentinho no coração? eu sei que já faço isso boa parte do tempo, mas dá pra levar pra um lugar mais consciente.
2. tendo coragem e sendo gentil: já dizia Cinderella e eu assino embaixo, e é assim que eu me comprometo a tratar todo mundo que entrar em contato comigo pelo blog ou pelas redes sociais. posso demorar três anos pra responder um comentário, mas saiba que ele vai ser respondido e eu prometo que isso vai ser feito com carinho no coração.
3. sendo transparente: eu já disse uma vez que esse aqui é um lugar sem segredos e vai continuar sendo assim até o fim dos tempos (ou da internet, o que vier primeiro).
4. tem que ter carinho em tudo também: nas fotos e no texto, sabe? a meta de junho acho que é pra sempre, e eu quero me aprimorar nisso cada vez mais pra trazer fotos que representem tudo o que eu escrevo e passar pra você aquela sensação de aconchego, sabe? e com as palavras, nem se fala.
5. criando um ambiente seguro: parafraseando a Rebecca de novo (e eu vou dar milhares de créditos pra ela nesse post, por ser a minha inspiração), eu quero criar um lugar em que você se sinta seguro, pra sentir o que quiser sentir e sair com o coração mais leve.

em resumo, acho que dá pra definir assim:

o desancorando é o meu bullet journal online

não poderia deixar de registrar aqui o meu eterno ‘eterno obrigado’ pra Lominha e pra Mel, que me ajudaram a chegar até aqui e escrever esse manifesto confiante de que é isso que eu quero fazer de fazer, e me dando puxões de orelha constantes quando eu mando áudios falando de novo e de novo no grupinho que ‘eu não consigo crescer e ter relevância’ quando, no meu coração, eu sei que o meu trabalho por aqui alcança você que tá aí e te deixa com um sorriso no rosto e a sensação que você foi visto e ouvido por alguém. que alguém te entendeu e que, na verdade, tá tudo bem.

Austin Kleon abençoa esse post

pronto, já tô chorando (de novo!), mas é que eu não podia deixar de colocar na minha meta do mês aquilo que eu sempre relevei, que são as coisas que eu escrevo e como eu acho que elas têm zero importância, sendo que eu tenho provas mais do que o suficiente de que isso é mentira, daquelas que a gente solta quando quer um abraço apertado, mas diz que quer ficar sozinho.

este post faz parte do projeto detalhes, uma blogagem criativa criada por desancorando + sernaiotto +serendipity – saiba mais sobre o projeto clicando aqui e confira os posts já publicados aqui.