cotidiano

se a meta é ser feliz, porque a gente faz tantas coisas que vão no sentido contrário? na última semana eu me peguei pensando muito no quanto a gente se trai, vai atrás daquilo que não é bom pra gente e esquece que o que a gente mais quer e mais merece nessa vida é ser feliz.

é tipo eu com o leite. eu tenho intolerância a lactose e me sinto muito mal se tomo muito leite ou então se como muito queijo. mas chega o fim de semana e eu não quero nem saber disso, só penso em devorar três pedaços de pizza e comer de baciada o molho de gorgonzola que a roomie fez pra macarronada de domingo. daí chega segunda e eu tô com a barriga inchada, o rosto doendo por causa da sinusite e uma dor de cabeça horrorosa…. tudo por causa desses excessos.

é uma coisa que faz mal pra mim, mas ainda assim eu quero fazer. no fundo, não me faz feliz, mas quando eu estou lá comendo garfada atrás de garfada do molho de gorgonzola eu me distraio com a conversa e as risadas e esqueço que aquilo vai me fazer mal. eu penso ‘ah, não vai dar nada’ quando eu sei que vai dar sim e que eu vou reclamar disso depois.

com quantas coisas a gente faz esse mesmo movimento? quantas vezes por dia você faz coisas que vão te fazer mal, mas vira o rosto pra não enxergar e fingir que nada está acontecendo? a gente não olha pros verdadeiros motivos, para os porquês, e depois fica ‘surpresa‘ com a repercussão daquilo. ué, se eu sou intolerante a lactose, É ÓBVIO que comer qualquer coisa derivada do leite vai me fazer mal. porque eu acho que dessa vez ‘vai ser diferente’? num vai.

e aí a gente vai levando a vida assim, crente de que o problema é o mundo que não entende o que a gente quer e cega pro que a gente sente. jogando pra fora uma coisa que deveria vir de dentro. enquanto a gente acreditar que a nossa felicidade é responsabilidade de outra pessoa, de outra coisa, e não começar a olhar pro que a gente quer de verdade, o vazio que a gente sente vai continuar lá, crescendo cada vez mais, até que engole tudo e apaga as luzes do mundo.

pra voltar a ver as coisas como são, a gente tem que dar uma cavadinha até encontrar aquela luzinha insistente que pisca e pisca e pisca mesmo quando a gente faz maratona de série no escuro de um sábado a noite e acha que o acender e apagar são só os faróis passando na rua.

tem que querer olhar pra ver de verdade, né?

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Escrito pelaMaki
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8 Comentários
  1. ceci  em fevereiro 24, 2017

    miga, tenho uma coisa pra contar, queijo é overrated. Juro.
    (tb sou intolerante a lactose e consegui sair dessa. antes, era minha comida favorita no mundo. força!)

    • Maki  em fevereiro 26, 2017

      ahahahahahahahaha
      concordo, mas é tããão gostoso :~
      mas eu já não como tem um bom tempo, só quando eu tô a fim de ficar mal mesmo.

  2. Silmara  em fevereiro 09, 2017

    Fiquei o dia pensando nas suas palavras…Me identifiquei. São tantas as vezes em que finjo que não vai me atingir, que a alimentação desregrada não vai surtir efeito. É um faz de conta mesmo. Sei o que me faz mal física e emocionalmente. Hoje andei na linha, por ser urgentemente necessário. Cansada da brincadeira. Hoje!

    • Maki  em fevereiro 10, 2017

      Silmara, a gente tem uma mania mesmo de ignorar essas coisas que nos fazem mal porque elas nutem uma sensação que a gente já sente. a saída é quebrar o padrão mesmo e procurar sentir outra coisa do que isso que faz a gente se machucar desse jeito, né?

  3. KARINE  em fevereiro 08, 2017

    amei o post, maki! principalmente pelo que falou sobre alimentação. eu tenho notado que algumas comidas me fazem muito mal, mas acabo sempre ignorando ‘meu corpo’ e me rendendo, e no final fico lá passando mal pra caramba, com dor de cabeça infinita e me sentindo culpada, é complicado, né? 🙁 muito difícil lidar com esses ‘vícios’ ruins que a gente leva durante a vida.

    • Maki  em fevereiro 09, 2017

      sim! entendo bem isso. e é um vício ruim mesmo, entra no automático e parece que a gente tá fazendo sem perceber. mas no fim a gente sabe o que vai acontecer. é um processo de descondicionamento sair disso, mas vale a pena, viu?

  4. Marina  em fevereiro 07, 2017

    Super concordo! Me lembrou algumas pessoas que estão super interessada em outras, quer demais tentar um relacionamento, mas espera a pessoa “adivinhar” que ela tem interesse. Chega a ser engraçado, mas acontece tanto!

    Eu vivo muito isso de fazer algo que não me faz feliz quando é por pressão de outra pessoa. Não é que a culpa é da outra pessoa, sou eu que não sei dizer não a certas coisas e acabo concordando por tentar agradar ou achar que vai ser diferente. Tipo ir numa festa que você não tá afim, coisas assim. A gente vive se autosabotando

    Bjs!
    31 de Março

    • Maki  em fevereiro 08, 2017

      é, a gente se sabota mesmo e prefere ir contra o que a gente sente pra tentar provar que é amada, né? a boa notícia é que isso não vai dar certo. então, a gente tem que buscar esse amor em outro lugar, e dar espaço pra essa paz que já é nossa entrar, né?