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uma pessoa perfeccionista sabe que se não estiver perfeito (dur) nem vale a pena ser feito. isso me perseguiu por muitos anos porque eu, perfeccionista que era, achava que tudo tinha que ficar nos trinques (ou, pelo menos, perto do que eu julgava ser perfeito)  pra ter algum valor. é por isso que, muitas vezes, eu desistia das coisas no meio do caminho.

na verdade, ‘muitas vezes‘ é errado, o certo é sempre. eu sempre desisti das coisas porque elas não estavam de acordo com um ideal de perfeição que eu tinha na minha cabeça. pra ser perfeito, eu precisava ter tudo ‘certo‘: o melhor material do mercado, as melhores ideias, a execução mais redondinha… se não, não dava.

eu caía muito naquela zoeira do ‘não tenho recursos pra fazer isso de um jeito legal‘. sempre foi assim. foi assim com as fotos que eu fazia pro blog, com os vídeos (que eu parei de fazer POR ISSO), com as minhas roupas… a única coisa que, até agora, conseguiu fugir desse lugar é o bullet journal. por um milagre divino, eu consegui quebrar essa ideia que tinha na minha mente por um propósito maior: ficar organizada e conseguir ajustar à minha rotina de freela.

o mais legal é que, com ajuda de algumas pessoas incríveis, e de todo um processo que muda completamente tudo o que eu penso, eu tenho andado mais em direção a um lugar que preza a sensação com a qual eu faço as coisas do que o formato. não ter a câmera mais potente não é uma desculpa pra fazer uma foto com uma sensação ruim, que não passe o aconchego que eu quero que o blog tenha. a mesma coisa para os vídeos.

sabe, quando eu falo por aqui da importância de querer mesmo alguma coisa, de correr atrás, não é à toa. a gente usa muito essa ideia de ‘não consigo fazer que nem fulana’ para passar mal e falar mal da gente mesma. é uma comparação que vai matando aos pouquinhos: você, porque isso tira a sua importância em todos os momentos e em todas as cenas; o outro, porque não te deixa ver quem ele é verdade e que ele sente exatamente as mesmas coisas que você.

é uma barreira mental que a gente coloca pra não entregar o que a gente já tem dentro da gente, esse carinho e amor incondicionais por tudo e todos. a gente se priva de cuidar das pessoas usando as ferramentas que a gente tem: uma foto, um texto, um blog, um vídeo… até um caderninho quadriculado com as tarefas do dia.

tem ficado cada vez mais claro como a gente faz questão de reforçar essas barreiras pra ficar mais distante da nossa essência, sabe? e não tem necessidade, é besteira, é uma forçação de barra sem sentido. a gente precisa mesmo parar de acreditar que a nossa felicidade depende de uma câmera DSLR ou de do último lançamento da Apple (sério, gente, quem consegue acompanhar tanta novidade todo ano?).

o que você já deixou de fazer por causa disso? topa correr atrás de verdade junto comigo?

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Escrito pelaMaki
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11 Comentários
  1. Sheilas  em maio 12, 2017

    Fui perfeccionista em algumas áreas da minha vida, mas acabei largando pois estavam me fazendo muito mal. E realmente pra fazermos o que queremos não precisamos de um último lançamento de câmera ou de celular novo. basta apenas nossas mãos e nossa criatividade.

  2. Gabrielle  em fevereiro 01, 2017

    Oi, Maki! Nunca me considerei uma pessoa perfeccionista, mas quando comecei a ler esse texto percebi que já estive bem perto disso. Já deixei de fazer coisas por medo de não ser exatamente como eu imaginava ou desejava e confesso que isso ainda acontece algumas vezes, porém tenho me policiado e tentado ao máximo não repetir atitudes assim. Acho que esse tipo de comportamento é bem comum entre pessoas que trabalham/vivem muito na internet, esse medo de acabar não conseguindo agradar caso as coisas não sejam perfeitas. Mas aos poucos a gente vai mudando e conseguindo colocar um fim nisso. Beijos!

    (Essa é a primeira vez que comento aqui, mas acompanho o Desancorando há algum tempo e amo seus textos, sem dúvidas é um dos meus blogs favoritos!)

    • Maki  em fevereiro 04, 2017

      oi, Gabrielle! é, então, acho que quem passa muito tempo na internet tem desas mesmo. mas é como você falou, aos pouquinhos a gente vai ajustando tudo e vai se acertando nas coisas todas e policiando o que gente sente e como transfere isso pro que a gente faz, sabe? é tudo uma questão de prestar atenção no que a gente quer de verdade e no que sente que tá jogando pro mundo, né?

  3. João Paulo Ferreira  em janeiro 28, 2017

    Nossa Maki,eu me identifiquei tanto com esse texto.Eu também sou muito assim,e acabo me sabotando e sabotando as coisas que faço.E como você mesmo disse,acabamos deixando os sentimentos e as sensações de lado,e acabamos priorizando “perfeições” que acabam nos destruindo!

    • Maki  em janeiro 30, 2017

      não é? mas a boa notícia é que a gente percebeu isso e tem a chance de mudar! agora é só focar na sensação gostosinha e ir em frente com o que a gente quer ♥

  4. Sammy  em janeiro 28, 2017

    Poxa, isso vive acontecendo comigo. Teve uma época em que eu até desisti de começar um BuJo porque não tinha os materiais certos, ou porque achava que o meu não ficaria tão bonitinho quando o da fulana.
    Também tô tentando quebrar esse vício.
    Sei que se comparar com outra pessoa é um baita mal, mas é automático, sabe? Apagar essa áreazinha do meu cérebro que envia essas vibrações ruins ainda vai dar um mega trabalho XD

    • Maki  em janeiro 30, 2017

      Sammy, sei bem do trabalho que dá fazer isso! mas são passinhos de formiga, sabe? você desiste de fazer isso pra uma coisinha ali, depois pra outra aqui e, quando vê, já nem lembra mais como é se comparar com outras pessoas! aos pouquinhos a coisa vai se acertando, é só lembrar sempre do porque você fazer o que faz e querer o que quer, entende?

  5. Jamile  em janeiro 28, 2017

    Maki, que postagem mais verdadeira…
    Sou bem assim, como retratou! Vira e mexe quando vou fazer alguma coisa, começo a colocar barreiras: não dá pra fazer esse bolo, não tenho uma forma com fundo removível, então não vai dar certo; não tenho x peça de roupa, não vai ficar bom com essa aqui, porque a foto que vi, não estava desse jeito.
    Estou há algum tempo trabalhando esse meu lado, e vários outros, e até por isso fiquei bem distante do meu blog. Estou melhorando, e os empecilhos têm desaparecido. Bom saber que não sou a única nesse barco!
    Espero que consiga sair dele também

    • Maki  em janeiro 30, 2017

      Jamile, você nunca vai estar sozinha nesse barco! tem uma galera fazendo esse mesmo trampo e tentado de tudo pra sair dessa roubada. a boa notícia é que a gente tá conseguindo ♥ e é o que eu falei no texto, foca no que você sente, no que deixa o coração em paz e faz com essa meta na mente, sabe? não tem como você achar que não ter recursos assim.

  6. Caroline Frizeiro  em janeiro 28, 2017

    Nossa, que texto preciso. Veio no melhor momento pra mim. To com muita vontade de criar um canal no YouTube pra discutir algumas idéias, propor reflexões, bem subjetivo e informal, mas gravando um vídeo teste hoje, descobri que a resolução do meu celular não fica tão boa como eu imaginava… há poucos minutos eu estava pensando em desistir, mas vim ler seu texto e ele me deu a motivação que precisava pra tentar. Obrigada! <3

    • Maki  em janeiro 30, 2017

      vai em frente, Caroline! não desiste não só por causa de um detalhe como esse <3