cotidiano

Esses dias eu ando bem doida das ideias. Trabalhando demais, descansando de menos, com tanta coisa pra fazer que a minha mandíbula tá doendo, porque eu tô jogando toda a tensão que tô sentindo ali. Nada legal pro meu já existente bruxismo.

A fábula do Ocupada Demais

Quem acompanha o blog deve ter percebido que nas últimas semanas as coisas ficaram meio paradas e não é por qualquer outro motivo além de: coloquei a minha motivação onde ela não tava. Não sei até que ponto você consegue entender isso, mas sabe quando a gente acredita muito que alguma coisa é tão importante que tem que ser prioridade na nossa vida? Então, é tipo isso.

Daí que eu achei que o trabalho tinha que ser a prioridade maior da minha vida e comecei a ficar desmotivada com o que eu tava fazendo. Desanimada mesmo. Tava muito cansada, só queria dormir, nem comer direito eu tava conseguindo, porque tava mega enjoada de tudo o que eu tava comendo também. Ou seja. Nada tava indo de um jeito muito legal.

Nem o meu buller journal tava saindo de um jeito legal, gente, acredite se quiser. Eu tava a ponto de ficar dodinha porque não tava conseguindo nem colocar ali o que eu me propus a colocar. Como assim, o BuJo é uma das minhas coisas preferidas nesse mundinho, então como é possível eu não conseguir fazer nem isso?

Foi a tal fábula do ocupada demais. Eu me fechei num negócio que prometi não fazer mais: o trabalho. Acreditei tanto que ele era a coisa mais importante da minha vida que achei que nada mais merecia a minha atenção. Daí o blog ficou de lado. O Instagram também. Até as pessoas que eu gosto.

Mas sabe uma coisa que eu percebi? Não tem nada errado em trabalhar demais e ter uma agenda super cheia. A questão é, justamente, acreditar que ele (ou qualquer outra coisa, diga-se de passagem) tem mais importância do que é importante de verdade: a Vida. E o tanto que eu entrego a minha vida em tudo o que eu faço.

A questão em falar sempre que estamos ‘ocupadas demais’ é colocar o trabalho acima de qualquer outra coisa. E isso, gente, é um tiro no pé. Porque a gente esquece que tudo tem igual importância e tudo merece a nossa atenção tanto quanto é solicitado.

Tudo é uma forma de comunicação, tudo é uma forma de entregar pra alguém alguma coisa verdadeira. O blog é o meu meio de comunicação com um monte de gente que entra aqui e se sente bem toda vez que lê um post, que sente um quentinho no coração com as coisas que eu escrevo e que também me segue no Insta porque acha que eu tiro fotos legais. Tudo é uma forma de eu entregar, de dar um pouquinho de mim pros outros.

A partir do momento que eu acho que uma coisa é mais importante do que as outras, eu deixo de entregar o que tenho pra entregar pra obedecer um protocolo. Pra fazer o que eu tenho obrigação de fazer e o que eu acho que tem que ser feito por um motivo maior (tipo, um salário). Só que não. Só que tá errado. Só que isso me faz sentir mal.

Uma coisa que a gente parece esquecer é que a gratidão existe de diversas formas. É um tuíte, um comentário no blog, um abraço na rua ou um salário. É tudo gratidão por causa de alguma coisa que a gente fez ou faz. É tudo amor sendo entregue. Mas tem horas que a gente acha que um desses tipos de gratidão é mais importante do que os outros. Afinal, a gente tem que pagar as contas, né, gente? O proprietário não vai querer um abraço como pagamento do aluguel do mês.

E aí a gente segue a vida assim, achando que tem coisas que são mais importantes que outras, coisas que a gente acha que merecem mais a nossa atenção. E a gente fica ocupada demais. Acha que não vale a pena  investir naquilo que também da um quentinho no nosso coração. Acha que a gente não precisa ir tão além com o que não dá ‘retorno’.

Mas o que é retorno? Pra mim, é ver alguém lendo o blog e se sentindo bem. É comentando numa foto no Instagram que gosta do meu feed, porque ele faz as pessoas se sentirem bem. É alguém dizer que eu sou carinhosa. É outro alguém comentar que gostou de uma matéria que eu escrevi. O resto, como dizem por aí, é resto.

Pelo fim da fábula do ocupada demais, eu vou lembrar que eu tenho uma missão: dividir como mundo a verdade sobre mim. O que vier como resultado disso, é lucro. O que não vier, é porque não tinha que vir mesmo. E mesmo que eu tenha que trabalhar sete dias por semana, 24 horas por dia, pra alguém entender, através de mim, que também pode ser a verdade sobre si o tempo inteiro, então, eu tô mais que feliz e a missão foi cumprida.

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Escrito pelaMaki
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4 Comentários
  1. mariana  em março 13, 2017

    que site fofo e que post sincero – há 2 horas tive essa EXATA mesma conversa. obrigada! 🙂

    • Maki  em março 13, 2017

      brigada você, mariana! volte sempre, tá? ♥

  2. Clara  em outubro 11, 2016

    Que delícia seu blog! Desde que o descobri entro todos os dias quando acordo para ler um post seu e comeÇar o dia com o coração quentinho 🙂

    • Maki  em outubro 12, 2016

      ah, Clara, como você é fofa! obrigada, fico muito feliz ♥