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Se você acompanha o blog por um mínimo de tempo, já deve ter sacado que eu gosto – muito – de cultura coreana (e oriental no geral). É assim desde que eu sou novinha, eu não sei o que foi que aconteceu que eu criei quase que uma reverência por essas culturas (começou com a japonesa e o meu amor por mangás).

3 coisas que eu aprendi gostando de cultura coreana

Mas nem sempre foi assim, eu nem sempre fui aberta sobre isso. Quando a gente é criança tudo parece bonitinho, tudo é legal, tudo é ok. Mas aí a gente cresce, entra na tal da aborrescência e as coisas começam a complicar. Por algum motivo, nem tudo é ok, nem tudo é legal e você sente a necessidade de esconder algumas coisas dos outros. Tipo, ninguém precisa saber que você curte filme de terror indiano, sabe?

Eu fiz muito isso. Reprimi muito as coisas que eu gostava porque as pessoas achavam ‘estranho’ eu gostar tanto de videogames, de mangás, de animes, de Harry Potter (!). Eu evitava falar do assunto com as pessoas e recorria à internet pra meio que suprir essa falta: era ali que eu encontrava pessoas como eu. E vida que segue.

Mas tem pelo menos um ano que eu tô aprendendo que não vale a pena a gente reprimir quem a gente é só pra agradar os outros. Claro, isso é num nível muito mais profundo, mas conforme a gente vai se desprendendo dessas amarras, fica mais fácil a gente gostar das coisas e ficar em paz com quem a gente é de verdade, sabe. Eu voltei a curtir abertamente as coisas que eu sempre gostei: HP, mangás, animes e, mais recentemente, doramas e Kpop (que virou um verdadeiro amor na minha vida). E tudo isso me ensinou 3 coisas muito importantes:

1.Ninguém te julga tanto quanto você mesma

A gente acredita que as pessoas vão achar muito estranho a gente gostar de qualquer coisa, que elas vão julgar e condenar, que elas vão se afastar da gente por causa disso. Mas, sabe, nada é pior do que o nosso próprio julgamento sobre as coisas. Às vezes, a pessoa até acha legal você se interessar tanto por cultura coreana, mas você fica tão envergonhada por não achar isso ‘normal’ que cria todo um climão em cima do assunto. Eu já fiz muito isso. E, gente, acreditem que é a pior coisa. Não vale a pena, não. Apenas pare de se julgar e de tirar conclusões sobre o que você faz ou gosta, se é ‘aceitável’ ou não. Ninguém se importa tanto com isso quanto você mesma.

2.Compartilhar as coisas é legal

Daí que você encontrou aquele dorama incrível, que tem uma história mara e atores ainda melhores (beijos, W). Você vai deixar de falar sobre o assunto só porque não é uma série norte-americana ultra produzida? Só porque as pessoas podem estranhar, num primeiro momento, você falar que gosta de novelas coreanas? Não! Tudo o que é legal a gente compartilha, independentemente de onde vêm. O mais legal é você dividir com as pessoas uma coisa que você gosta e que te dá aquele quentinho no coração. Seja uma música, um filme, uma série, uma revista, um mangá ou um aplicativo que te ensina hangul de um jeito divertido (aliás, tô buscando indicações – alguém?). O importante é a gente usar tudo como uma ferramenta pra trazer as pessoas pra mais perto de quem elas são de verdade. E nunca se sabe, às vezes, ela descobre que gosta de doramas tanto quanto vocês e, assim, vocês começam um novo relacionamento com base num ponto em comum, entende? Tudo é uma ferramenta.

3.Nunca é tarde para aprender uma coreografia em grupo

Na verdade, nunca é tarde para fazer qualquer coisa, mesmo aquelas que você acha que são ‘bestas’ ou ‘vergonhosas’, como aprender a coreografia de uma música de Kpop (beijos, tô treinando em casa) ou usar roupas super chamativas e coloridas ou ainda aprender uma língua nova só porque você quer entender os diálogos dos filmes que você assiste sem precisar de legenda. A gente nunca sabe as decorrências do que a gente faz, como isso vai afetar a nossa vida ou dos outros que estão próximos de nós. Antes a gente fazer o que gosta sem medo do julgamento alheio (e do nosso próprio – vide o ponto 1 dessa lista) do que passar a vida se reprimindo e criando climão a torto e a direito.

Quanto menos medo a gente sente de ser quem a gente é de verdade, melhor a coisa fica, sabe? É um treino diário, a gente parar de se julgar, aceitar tudo o que aparece pra gente como uma dádiva ao invés de ser uma coisa ruim. E usar tudo como uma ferramenta pra ajudar os outros a ficarem mais perto deles mesmos também. Entende?

Você já teve medo de falar sobre alguma coisa que gosta? Divide aqui comigo?

BEDA2016

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Escrito pelaMaki
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2 Comentários
  1. Ju  em agosto 30, 2016

    Amiga, tamo junto, me abraça! 😀 Desde pequena Sempre gostei de coisas relacionadas à cultura oriental (começaram com os animes, mangás e ai já viu…). Durante o fundamental inteiro eu fui a “nerd estranha” por gostar dessas coisas. A minha sorte foi que no ensino médio mudei de colégio e encontrei uma turma que gostava das mesmas coisas que eu (olha só, até parece enredo de mangá). Aí a coisa engrenou, nós tinhamos até um grupo de desenho. Mas assim, não vale a pena reprimir nossos gostos pelo que vão achar (claro que acabamos demoramos um pouco a perceber isso). E minha paixão mais recente são os k-dramas e k-pop. Ai ai, como faz para lidar, aheuaheuahe

    • Maki  em setembro 02, 2016

      vamo se abraça, por favorzinho!
      eu entendo bem isso e não vale mesmo reprimir quem a gente é por medo do julgamento alheio (o pior é o nosso julgamento mesmo, né?).
      KDRAMAS SÃO A MINHA VIDA, pronto falei. (e kpop também! ♥)