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Sim, vocês acertaram. O meu vício por doramas continua firme e forte e eu não consigo parar de ver dramas coreanos (nem agora, nem num futuro próximo, eu imagino). Recentemente, assisti um que entrou direto para a lista dos queridinhos, Sassy Go-Go (Cheer Up), que me fez pensar sobre um bocado de coisas.

Atenção! Este post pode conter spoilers!

Esse é um dorama escolar, ou seja, a história se passa na escola, e segue uma menina, Kang Yeon Doo (Jung Eun Ji), que é uma das piores alunas da escola, mas compensa o seu problema com estudos com um grupo de dança chamado Real King.

sassy go go e o medo de pedir ajuda

A ‘bagunça’ da história começa quando esse grupo é proibido de continuar, mas tem a chance de voltar desde que todos os integrantes participem de um novo grupo de líderes de torcida pra ajudar a antogonista, Kwon Soo Ah (Chae Soo Bin) a entrar nas faculdades Ivy League norte-americanas, ou seja, é um grupo totalmente feito pra ela conseguir mais créditos universitários.

Até aí a história pode parecer bobinha, mas o que me chamou a atenção é a forma como eles lidam com assuntos bem sérios, que vão de depressão à tentativas de suicídio (sim, isso mesmo que você leu). Logo no segundo episódio eu já tomei um mega susto com uma das cenas que tratam desse assunto, que, como vocês sabem, é um velho conhecido meu.

É muito interessante ver como, realmente, a gente escolhe aquilo que quer sentir. Na série isso ficou muito claro e escancarado.  A Soo Ah, por exemplo, faz de tudo pra ser a primeira aluna do colégio, ela tem uma meta muito clara, mas mesmo assim, quando ela chega lá, a sensação de ‘felicidade’ dela é muito momentânea, passa muito rápido, porque, na real, não era isso que ela queria.

O que ela buscava era uma sensação de que ela estava totalmente sozinha, abandonada, sem ter pra onde ir e o que fazer. E ela conseguiu isso. E aí entra no tópico principal desse post: a dificuldade que a gente tem de pedir ajuda.

O Seo Ha Joon (Ji Soo), um dos meus personagens preferidos de Sassy Go-Go, estava passando por umas coisas bem tensas – ele apanhava do pai, tinha pensamentos suicidas, lidava com a autoflagelação… – mas ainda assim ele não sabia como, diretamente, pedir pra alguém ajudá-lo a sair dessa situação.

O Kim Yeol (Lee Won Geun) ajuda o Ha Joon como pode, mas é uma ajuda forçada. O amigo não pede nada pra ele, mas ele faz mesmo assim. Querendo ou não, ele tem alguém que faz o que é preciso por ele, mesmo que ele não peça. Em essência, ele quer ajuda, e o universo entrega isso pra ele.

Com a Soo Ah é diferente, porque ela se isola totalmente. Ela se embola nas próprias escolhas e, quando decide pedir ajuda, parece ser tarde demais pra isso, a mãe dela não quer ouvir as desculpas e os motivos reais por trás de tudo o que aconteceu. Mesmo quando a mãe descobre a verdade, a Soo Ah não consegue pedir ajuda, apenas deixa a mãe tomar a iniciativa de resolver tudo por ela, de colocar panos quentes em toda situação.

Quantas vezes você pediu ajuda quando precisou? Eu demorei para fazer isso e esperei até chegar no máximo do meu limite pra perceber que eu não conseguiria lidar com tudo sozinha. Às vezes, é bem isso mesmo, a gente sente que vai dar conta de tudo e esquece que existem outras pessoas pra segurar a nossa mão no caminho.

Um dos meus momentos preferidos desse drama é quando a Yeon Doo e toda equipe de torcida criam vídeos bonitinhos incentivando a Soo Ah a voltar pra escola, mesmo ela tendo feito um monte de coisas pra magoar todas essas pessoas. Eles entenderam que ela precisava de ajuda, e decidiram estender a mão. Se ela toparia estender a dela de volta era escolha dela, mas esse era um primeiro passo pra ela entender que tudo bem ela pedir ajuda e que teriam pessoas dispostas a isso, se ela quisesse. Porém, como tudo o que aconteceu com ela, era uma escolha.

Provavelmente sou bem suspeita pra falar, mas esse dorama é um dos mais fofinhos que eu já vi. É lindo e a forma como eles lidam com assuntos tão sérios, de um jeito quase que natural, é muito interessante. Comecei a ver porque estava atrás de romance (aparentemente a romântica incurável ainda vive em mim), mas terminei com muito mais em mente.

Sassy Go-Go é uma série sobre amizade, sobre saber viver o momento presente, sem se preocupar muito com o futuro, sobre tomar as rédeas da sua vida e não se deixar cair no controle alheio, sobre deixar de lado os julgamentos. Mas, principalmente, é uma série que fala sobre a importância de saber pedir ajuda.

Cena mais fofa de todos os doramas da história do planeta

A gente tem a mania de acreditar que caímos aqui no mundo de paraquedas, sozinhos, uma sensação de abandono mesmo. E a gente só quebra essa corrente quando entende que não tem que ser assim. Que a Vida não precisa ser sozinha nem isolada, ela pode – e deve! – ser feliz e compartilhada. Mas, pra isso acontecer a gente tem que entender que o compartilhar só acontece junto com o outro.

TOO LONG, DIDN’T READ: Vejam Sassy Go-Go. É linda, os personagens são super cativantes, e eu garanto que vai fazer você pensar sobre tentar resolver todos os seus problemas sozinha. Não tem necessidade não, viu? Tá todo mundo junto nessa!

Ah, dá pra assistir no DramaFever e no Viki.

Você já teve medo de pedir ajuda? 

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Escrito pelaMaki
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2 Comentários
  1. Mariane  em março 16, 2016

    Aah, adoro esse dorama Maki! Que bom que você gostou!

    Adorei o post!

    Beijos <3

    • Maki  em março 16, 2016

      É muito amorzinho! Entrou pra lista dos preferidos ♥