inspiração

Essa semana eu ando pensando demais sobre mudanças. E, quando o assunto é trabalho, eu vi muita coisa que se relacionada com uma mudança muito maior do que a gente imagina.

Alber Elbaz, um dos meus estilistas preferidos foi demitido da Lanvin, Raf Simons saiu da Dior e discute-se muito sobre a sobrecarga dos diretores criativos. O armário cápsula tá ganhando mais espaço. Cada vez mais pessoas estão repensando a sua forma de consumir. O minimalismo virou tendência. O cabelo natural ganha espaço.

o-mundo-está-mudando

Isso tudo, claro, é só no mundo da moda, mas representa bem essa sensação de virada de mentalidade que eu estou sentindo. O mais legal é que pelo o que eu estou lendo e vivenciando, essa nova visão de mundo vai deixar a ideia do ‘ter’ bem para trás. O que, vamos combinar, não é nem um pouco ruim.

Mas falando mais diretamente de trabalho e carreira, essa transição tem trazido algumas mudanças já bem presentes no discurso que a gente ouve por aí. Olha só:

1.O trabalho está mais flexível
A internet é talvez a grande heroína e vilã da nova era. Sabe aquela coisa de ficar conectado o tempo inteiro? Eu sofro muito com isso (mas tô tentando mudar, juro!). Mas, ao mesmo tempo, abriu um novo caminho no mundo profissional. As pessoas não precisam mais ficar acorrentadas à uma mesa em um escritório para trabalhar, elas podem fazer isso de qualquer lugar no mundo (vide o movimento dos nômades digitais), e podem criar os próprios horários de trabalho.

2.O objetivo mudou
Os seus pais trabalhavam pra quê? Com certeza a resposta mais óbvia é: pra ganhar dinheiro. Hoje em dia as coisas não são mais assim, né? Quanta gente você já ouviu falar que quer trabalhar por amor? Que quer um trabalho que as faça feliz? Eu mesma já usei esse discurso sei lá quantas milhões de vezes (e agora encontrei, finalmente, a minha missão). Esse sistema antigo que vê o dinheiro como o benefício do trabalho está caindo por terra (e já não era sem tempo, né?)

3.O coletivo está ganhando força
Corredor de ônibus, ciclovia, Paulista aberta aos domingos (amo!), espaços de co-working… O indivíduo está perdendo espaço e quão legal é isso? Olha que bacana como cada vez mais está se pensando no coletivo e muitos projetos estão por aí tentando criar uma vida em comunidade muito melhor.

Posso falar? Estou super adepta e amando essas mudanças. Acho que é assim mesmo. Ouvi recentemente que para mudar o mundo você tem que mudar a si mesmo primeiro, e, honestamente, acho que é isso que está acontecendo, aos poucos. As pessoas estão abrindo a mente para um novo tipo de vida, com muito mais propósito.

Vocês estão sentindo isso também?

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Escrito pelaMaki
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10 Comentários
  1. BA MORETTI  em novembro 02, 2015

    eu nunca entendi esse desejo de trabalhar em busca de bens materiais, da casa própria e toda aquela figurinha repetida. por mais que eu gostasse de algumas coisas que eu fosse adquirindo graças ao meu suor eu não via aquilo como inspiração para estar trabalhando. não é a toa que meus pais acharam por muito tempo que eu morreria de fome HAHAHAHAHAHAH mas é que quando me jogo em algo me jogo por inteiro sabe. então aquilo tem que me fazer bem, um bem que beira ao instantâneo e não só no fim do mês quando cai o dinheiro na conta. e sabe, ver essas mudanças, fazer parte delas, é maravilhoso. assim como tem sido maravilhoso ver meu pai (que já foi muito consumista e parece ter mudado algumas prioridades) priorizando bem estar 🙂

    • Maki  em novembro 03, 2015

      Poxa, Ba, que legal ver essas mudanças! Eu sei bem. Quando era mais nova, nunca ligava pra ‘coisas’, mas acabei caindo nessa neura por conta da pressão social, sabe? Mas tudo bem, o importante é que agora eu tô com a cabeça no lugar de novo!

  2. Katharine Padilha  em outubro 30, 2015

    O engraçado é que meu pai sempre disse que as pessoas eram apegadas de mais ao material, que ele so precisava de um prato de comida e a roupa do corpo, fico feliz que estamos evoluindo nesse quisito consumismo! Apesar de que ainda sou do: faça o que você ama, mas que pague bem. infelizmente ainda precisamos de bastante dinheiro pra viver, e as vezes não é pouco não haha
    beijoss

    • Maki  em outubro 30, 2015

      Ai, sim. Infelizmente o dinheiro ainda tem um valor muito grande no nosso estilo de vida né? Mas eu sou do time que acredita que quando você vai o que gosta, com presença, com amor, o resultado (vulgo $$$) vem.
      Beijos!

  3. Camila Faria  em outubro 29, 2015

    Acho que a gente está começando a se desvincular de uma vida voltada apenas para posses e aparências ~ embora muita gente ainda viva disso. Sinto que a mudança começa com a gente mesmo. É animador ter essa possibilidade de viver uma vida mais leve.

    • Maki  em outubro 29, 2015

      Né? Eu concordo muito. A mudança tem que ser de dentro pra fora e não o contrário.

  4. Bessie B.  em outubro 29, 2015

    Maki, com certeza as coisas tão mudando! Começando pelo trabalho. Uma pena que não são todos que tem a oportunidade de trabalhar em casa. Num país que boa parte das pessoas mal ganham mil reais por mês e tem que sustentar os filhos é difícil sentir essa mudança, mas para as próximas gerações pode ser que a história seja diferente. Esse negocio da moda também é bem real. Tu acompanha o blog da Ana? Esse aqui: http://hojevouassimoff.com.br . ela tá sempre falando de moda de uma maneira madura, é ótimo de ler! beijos<3

    • Maki  em outubro 29, 2015

      É então, é uma mudança muito a longo prazo, né? Realmente, não é todo mundo que pode, e ainda tem muuuuita coisa pra mudar, com certeza. Ah, eu acompanho sim! Aliás, adoro <3

  5. Silmara Araújo  em outubro 29, 2015

    maki, eu sempre me pego pensando nisso, principalmente em ralação a trabalho. Nunca passou pela minha cabeça ficar sentada num escritório, mexendo com toneladas de processos ou coisas do tipo. Quanto ao coletivo ganhando força, só tenho a dizer que isso restaura um pouco a nossa esperança na socidade, haha <3

    • Maki  em outubro 29, 2015

      Sabe que eu também não? Sempre me deu um nervosinho ter que ficar sentada o dia inteiro no mesmo lugar.
      E concordo, ainda tem esperança!