inspiração

Quando eu era mais nova, tinha por volta de uns 13 ou 14 anos, lembro que a minha mãe adorava comprar roupas pra mim. E eu sempre deixava. Não que não deveria, afinal, ela é minha mãe e se eu tinha roupas  para usar, era porque ela e o meu pai trabalhavam pra isso, mas eu nunca dei muita opinião sobre o que gostava mesmo e o que não gostava.

ter-estilo

Eu deixava a minha mãe me vestir como ela quisesse. Eu usava sandálias de salto alto, porque ela achava que ficava bonito. Alisava o meu cabelo porque ela dizia que ficava melhor, usava calças mais justas e blusas cheias de estampa porque ela achava que combinava comigo.

Eu me adaptava ao que ela dizia porque achava que precisava agradá-la. Deixá-la feliz. Se ela estivesse feliz, então tudo bem. Caso contrário, eu estava encrencada. E eu nunca queria estar encrencada.

Com o tempo, e principalmente no último ano, eu percebi como eu me adaptei a um molde a vida inteira para agradar os outros. Mas e eu? Estava feliz com isso?

Vocês já sabem a resposta, né?

Uma das coisas que eu mais curti no armário cápsula é que eu aprendi a deixar de lado o que as outras pessoas querem que eu use e pare para pensar no que eu quero mesmo usar, no que combina comigo.

Mesmo nesse processo, eu percebi mais de uma vez como queria usar alguma coisa que as pessoas gostassem, mas olhar por essa perspectiva é uma verdadeira cilada Bino. Você nunca sabe o que as pessoas estão pensando de verdade e tentar agradar os outros o tempo todo é exaustivo.

E acho que é por isso que eu ando tão feliz com as roupas que eu tenho usado. Eu uso para mim. Porque eu gosto e eu quero. Eu parei de tentar agradar o resto do mundo com o que eu visto. Parei de vez de achar que eu sirvo pra usar salto todo dia e que tenho que estar sempre com as peças da última moda no armário.

Pensa que libertador que é se vestir por você mesma e não pelos outros. É incrível! Eu parei de achar que não estou ‘bem vestida’ ou usando o que deveria estar. Porque eu não ‘deveria’ usar nada além daquilo que eu gosto.

Minha mãe não curte muito mais o que eu uso. Eu vejo a forma como ela me olha às vezes e percebo que o que ela vê não agrada tanto assim. Mas tudo bem. Ela tem o gosto dela e eu o meu. Para me encontrar, eu precisei parar de querer agradá-la 100% do tempo. Porque isso me fazia triste os mesmos 100% do tempo. Ou seja, no fundo, ninguém ganhava coisa alguma.

É um exercício diário, esse desapego com a opinião alheia. É muito fácil a gente deixar de usar uma roupa que ama porque alguém disse que não gostou. Ou colocar um vestido bandagem quando, na verdade, você queria estar de jeans e camiseta o tempo todo. E, acredite quando eu digo, não vale a pena sacrificar o seu bem-estar pela opinião alheia.

Você já passou por uma experiência assim?

Compartilhe!
Escrito pelaMaki
Deixe seu Comentário!


Warning: Undefined property: stdClass::$comments in /home1/desan476/public_html/wp-content/themes/plicplac/functions.php on line 219
8 Comentários
  1. Camila  em outubro 23, 2015

    Ponto perfeito Maki!
    Ainda mais quando vivemos muito próximas a pessoas críticas, ai sempre corremos o risco de deixamos que as suas opiniões influenciem no que usamos, fazemos ou gostamos.
    É difícil, penoso, mas deve ser feito sim!
    Não dá pra agradar todo mundo, mas se tem alguém que é bem fácil somos nós mesmas.
    Um beijo!

    • Maki  em outubro 23, 2015

      Oi, Camila! Pois é, é muito fácil a gente deixar os outros influenciarem a nossa vida né? E a gente esquece de levar em conta a opinião mais importante, a nossa mesma!

  2. joyce coeli  em outubro 20, 2015

    Oi maki,
    realmente é muito complicado desapegar. eu e minha mãe sempre tivemos gostos bem diferentes e por isso entende-se brigas na certa: eu desde adolescente gosto de maiô e minha mae de biquini, eu de saiA longa e minha mãe de mais curta o possível…então já pode notar por aí. Hoje moro no rio e minha mãe em minas, há uns 5 anos não aliso mais os cabelos e minha mãe é cabeleireira e não tem uma vez que não chego em minas que ela não queira alisar meu cabelo…sim é uma briga c0nstante…e respiramos funDO e seguimos. AFINAL PRECISAMOS NOS SENTIR BEM COM A GENTE MESMO NÉ. UM BJ

    • Maki  em outubro 21, 2015

      É isso aí, Joyce. O mais importante é você se sentir bem consigo mesma. Opiniões diferentes da sua sempre vão existir, mas o que importa é como você se sente em relação à sua imagem. Fazer as coisas só pra agradar os outros não tá com nada.

  3. Duds  em outubro 19, 2015

    Muito interessante a reflexão. É DIFICIL SE DESAPEGAR DA OPINIÃO DOS OUTROS, E MAIS AINDA DE ALGUEM TÃO PRÓXIMO DE NÓS COMO MÃE OU PAI. MAS ACREDITO QUE NO FUNDO ELA TE ENTENDE E TE ACEITA DO JEITO QUE ÉS 🙂

    • Maki  em outubro 20, 2015

      Oi, Duds, tudo bom?
      Ah sim, tenho certeza que ela me aceita. Quem precisava me aceitar era eu mesma! Mas faz parte, né?

  4. tATI rIEGER  em outubro 19, 2015

    Puxa, Maki! q complicado isso…eu posso agradecer pq vestia o q me fazia sentir confortável…mas é vdd q qnto mais maduras ficamos mais nos vestimos p nós mesmas! Também me sinto assim, agora não me visto para ser avaliada pelos outros ou pelo medo de sua avaliação. Gosto de me vestir bem, mas o importante é que o espelho diga que estou bem, que me sinta segura com o que estou usando, pq são roupas que gosto, q me alegram ou pq simplesmente são confortáveis/ adequadas ao momento. Também deixei o salto p ocasiões muito raras. Sou fã deles. Mas tenho 3 filhos e me sentir a vontade para estar com eles é muito melhor do que ficar “poderosa” com um salto e cheia de dores…hehehe… É uma pena que a gente perca tanto tempo na adolescência com essas neuras…aff…mas faz parte né!? Que bom que a gente amadurece! Que continues encontrando a felicidade! bjs, Tati.

    • Maki  em outubro 19, 2015

      Oi, Tati, tudo bom?
      Pois é, ainda bem que a gente amadurece e entende que nada substitui a nossa felicidade, né?
      Beijos!