cotidiano

Hoje eu acordei pensando como alguns dias parecem tristes por si só. Não são palco de nenhum grande acontecimento, não têm o sol brilhando pela janela, não têm muitas risadas nem muita empolgação. Eles simplesmente são tristes.

E aí eu comecei a me perguntar: será que são mesmo? Ou será que essa tristeza não passa de uma escolha que nós fazemos? Será que não somos nós que colocamos a tristeza no dia e depois culpamos os fatores externos por uma sensação nossa, interna?

Hoje acordei triste. E questionei se essa tristeza era real mesmo ou algo que eu queria ver, fruto do meu ego que busca atenção e que procura sempre uma desculpa para se sentir ferido.

Percebi que ele (o ego) quer sempre me fazer mal. Quer arranjar desculpas para que eu me sinta rejeitada, triste, injustiçada. E o ego é meu, ou seja, essas vontades são todas minhas.

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Então, será mesmo que a tristeza vem ‘do nada’? Ou será que eu escolhi me sentir assim?

É muito comum encontrar um bode expiatório, um fator que esteja fora da gente e que é responsável por todas as mazelas do mundo. Chame de destino, karma, crise, dólar em alta, meritocracia, política, corrupção. O que quer que seja. O problema são sempre os outros. É sempre a chuva que travou o trânsito e fez com que você chegasse uma hora atrasada naquela reunião importante. É sempre o cara que não percebeu o seu valor e é um galinha.

Nunca é você em busca de uma sensação que te machuca.

Hoje eu acordei triste. Mas logo percebi que essa tristeza não era real, era uma desculpa para jogar nos outros uma coisa que era minha. Não existem vítimas. E se não existem vítimas como é possível eu me sentir triste e desvalorizada? Não estaria eu mesma me colocando no papel de vítima?

Não existem vítimas.

E se não existem vítimas, está tudo bem. Tudo está em paz como sempre esteve e nada pode me machucar, nada pode me ferir, nada pode tirar a minha sensação de plenitude. A não ser que eu permita.

Hoje eu acordei triste. Mas percebi que era só uma pira da minha cabeça, um equívoco do ego tentando se manter no controle, uma vontade mundana de encontrar no outro a salvação que sempre esteve dentro de mim. E eu deixei a tristeza para lá e percebi que seria muito legal se eu estivesse feliz o tempo todo. Por escolha. Porque eu sou livre para fazer essa mudança sempre que quiser. Então, eu digo:

Hoje eu acordei feliz.

 

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Escrito pelaMaki
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6 Comentários
  1. HELLEN  em junho 27, 2016

    E HOJE ESSA LEITURA FOI MAIS QUE OBRIGATÓRIA PARA MIM, ELA CAIU COMO UMA LUVA DIANTE DE UMA FAGULHA DE TRISTEZA QUE CAVEI E NÃO ACHEI A FONTE. nOSSO EGO É TÃO TRAIÇOEIRO, PREGANDO PEÇA DE TANTAS MANEIRAS . TEXTO LINDO!

    • Maki  em junho 27, 2016

      Oi, Hellen!
      Que bom que você gostou, fico muito feliz! Pois é, né, ego é uma coisa complicada. Ele tá sempre lá, meio que tramando contra a gente. Mas tudo bem, sabe? A questão é o que a gente faz quando descobre que isso tá rolando. Mais importante é usar isso como um impulso pra gente ficar mais perto de quem a gente é de verdade ♥

  2. Ka Lopes  em setembro 05, 2015

    Amiga, que texto… Sim, você acordou Feliz. Você é feliz! Acostume-se com essa felicidade que o seu ego vai aprender a cuidar do que o fere e o deixa pra baixo.
    Te amo! <3

    • Maki  em setembro 06, 2015

      Ô, amiga, obrigada pelo comentário. Te amo!

  3. maritrindade  em setembro 04, 2015

    Maki, você é uma pessoa muito iluminada… Desde que comentei a última vez, me dá vontade de comentar sempre… Você é uma inspiração para mim, e preciso te dizer que, seceretamente, você me ajuda a tomar algumas decisões na minha vida. Espero sinceramente que chegue o dia em que eu diga que não estou preocupada nem com medo!
    Muito obrigada pelo seu blog!
    Xero

    • Maki  em setembro 04, 2015

      Ô, Mari, você fez o meu dia!
      Comente sempre que quiser, suas palavras serão sempre bem vindas! Fico muito feliz que o que eu escrevo te ajuda de alguma maneira, é tudo o que eu mais quero, conseguir inspirar as pessoas com o meu trabalho. Muito obrigada mesmo!
      Bêjo!