cotidiano

Eu acho que já cheguei a comentar por aqui que nunca fui muito de usar vestidos e saias, até o dia que me apaixonei por um e agora eu tenho mais vestidos no armário do que calças. Confesso que, com os shorts, era mais ou menos a mesma coisa.

Em novembro do ano passado, fui para Belo Horizonte passar alguns dias na casa da minha tia, e ela me ajudou a comprar um shorts daqueles assimétricos, que lembram saia de frente. Confesso que pensei ‘mas a moda disso já não passou?‘, mas tudo bem, porque o tecido era gostoso, ele era bem bonitinho e eu não tinha nenhuma peça como aquela no meu guarda-roupa.

shortsFoto: Lookbook Alyssa

No dia seguinte, saí com algumas amigas e minha tia me disse ‘coloca o shorts novo!‘, e eu coloquei, claro. Me apaixonei por ele ali. Com a chegada do verão (e que verão, , migos?), ele tem saído cada vez mais do meu armário e eu tenho descoberto as mais diferentes maneiras de usá-lo, todas sempre me deixando bem feliz em relação à imagem que aparece no espelho.

Verdade, eu não estou no peso que gostaria de estar, muito menos super em forma, mas aquele shorts me faz sentir linda e tenho certeza que até a chegada das águas de março ele vai andar sozinho daqui até a Berrini, onde eu trabalho, e para onde já fui com ele muitas vezes desde sua feliz aquisição.

De uma mulher que não usava muito shorts, a não ser na praia, peguei amor por eles e agora estou usando e abusando dos que eu tinha em casa, especialmente para trabalhar, já que é bem mais confortável do que um vestido, ainda mais nos dias que ventam muito (oi, meu nome é Maki e eu já fiz a Marilyn Monroe várias vezes na rua!).

Isso me fez pensar em como, de verdade, as pessoas mudam, mesmo Dr. House dizendo tão enfaticamente que isso jamais acontece de verdade. Eu sempre usava calça e tênis, abominava sapatilhas e surtava quando minha mãe me obrigava a usar um vestido. Hoje não só eu amo essas peças, como também só ando de sapatilhas e, vez ou outra, até arrisco um salto alto! Jeans agora é bem raro no meu guarda-roupa e até os shorts e bermudas se tornaram indispensáveis para aguentar esse calor senegalesco. Já diria CPM 22 que o mundo da voltas (fui loooonge, hein?), e eu mordi a língua com todos os ‘eu nunca vou usar isso!‘ que já falei.

Realmente, se encontrasse com a minha eu de 15 anos, não me reconheceria e, provavelmente, me chamaria de ‘patricinha‘, mas, ao mesmo tempo, fico muito feliz com essa evolução porque mostra que as pessoas podem mudar de ideia e que, vejam só, o mundo não acaba por causa disso. Além disso, também me mostrou que não tem problema nenhum se arriscar de vez em quando e fazer (ou usar, no caso!), uma coisa diferente. O resultado pode surpreender.

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Escrito pelaMaki